No segundo domingo de agosto
comemora-se o dia dos pais. Aproveitamos a oportunidade para recordar as
reflexões contidas em O Livro dos Espíritos
sobre a paternidade. Há quem diga que o livro básico da Filosofia Espírita é um
dos maiores tratados de Sabedoria que a Humanidade já possuiu. Os que ainda não
tiveram oportunidade de ler e meditar sobre os grandiosos ensinamentos contidos
neste compêndio poderão apreciar uma pequena amostra. Extraímos um trecho da Segunda Parte, Capítulo X, “Das Ocupações e Missões dos Espíritos”. Vejamos:
582. Pode-se considerar como
missão a paternidade?
“É, sem contestação possível, uma
verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do
que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o
filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e
lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada,que o torna propício a todas as
impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim
e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu
filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda
e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o
que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.”
583. São responsáveis os pais
pelo transviamento de um filho que envereda pelo caminho do mal,
apesar dos cuidados que lhe dispensaram?
“Não; porém, quanto piores forem
as propensões do filho, tanto mais pesada é a tarefa e tanto maior o mérito dos
pais, se conseguirem desviá-lo do mau caminho.”
a) Se um filho se torna homem
de bem, não obstante a negligência ou os maus exemplos de seus
pais, tiram estes daí algum proveito?
“Deus é justo.”
(KARDEC, Allan – O Livro dos Espíritos – 76ª Edição FEB –
Federação Espírita Brasileira)
Se possuíssemos consciência dessas verdades, a Humanidade sofreria menos, teríamos menos problemas sociais, psicologicos e comportamentais.