domingo, 24 de agosto de 2014

A Campanha do Quilo sob o enfoque da doutrina da reencarnação - I


Alguns parecem pensar que a campanha do quilo é atividade para pessoas que atingiram certo grau evolutivo. Admitem que os legionários do quilo são pessoas que conquistaram virtudes como caridade, humildade e elevação espiritual.

Parecem pensar também que quem ainda abriga sentimentos egoísticos, acomodatícios ou outros inferiores, quais inveja, rancor não podem realizar a campanha. Entendem que o trabalhador da campanha já se libertou de semelhante situação, que são santos ou anjos.

A verdade, porém é diferente: a Campanha do Quilo não veio para os santos e anjos. Caso contrário só existiria em mundos elevados. A Campanha existe na terra como remédio para os males morais da nossa Humanidade.

O trabalhador do quilo, ou legionário, como queiram, é uma pessoa esclarecida a respeito da moral cristã e deseja levá-la para a prática.

Para entender melhor como a campanha constitui-se em um remédio para seres desejosos de curarem-se de imperfeições morais é preciso entender a lei de reencarnação.

Allan Kardec em O Livro dos Espíritos nos coloca na rota do que é reencarnação e de quais as provas filosóficas e morais da pluralidade das existências.

Os argumentos do mestre lionês são de fato fortíssimos; bastante conhecidos. Para os que não acessaram esses textos, recomendamos lerem com atenção o livro citado, principalmente no item 222 – Ensaio teórico da pluralidade das existências.

Além da argumentação de Kardec, podemos citar afirmações de um católico e de um protestante sobre o tema. Essas afirmações mostram que a lógica reencarnacionista extende-se muito além da comunidade espírita.

Senão vejamos:

O conhecido escritor Will Durand autor de livros sobre filosofia e história, escreveu sobre a doutrina indiana da reencarnação. Nesse texto, o autor apresenta argumentos prós e contras a reencarnação. Os argumentos contrários resumem-se a críticas a respeito da possibilidade de reencarnação do ser humano em corpos de animais e aos efeitos das ações presentes em futuras posições no sistema indiano de castas.

Portanto, a Doutrina Espírita não é atingida pelos argumentos contrários de Durand. Razoável, portanto reproduzir o texto sem os trechos críticos. Eis o resultado desta filtragem:

“Somos reencarnações de nossos ancestrais, e seremos reencarnados em nossos descendentes (…). O Carma (…) dava ao código moral uma extensão de aplicação muito maior e mais lógica do que em qualquer outra civilização.” Na teologia hindu, a alma (…) aceita o mal como passageira punição e vê no futuro tangíveis recompensas para a virtude.”

DURAND, Will – História da Civilização – Nossa Herança Oriental – Livro Segundo - A Índia e seus vizinhos” - pags. 346/347 – Editora Record - 2a Edição.


O teólogo protestante, filósofo, médico , músico alemão e contemplado com o Prêmio Nobel da Paz em 1954, Albert Schweitzer pronuncia-se de forma inequívoca a respeito da validade da doutrina reencarnacionista:

“A doutrina hinduísta (reencarnação – lei do carma) explica melhor a vida do que a nossa filosofia ocidental.”

Albert Schweitzer

Reencarnação, além de tudo isso, é a melhor teoria explicativa dos fenômenos de regressão da memória, das capacidades inatas, dos problemas sociais e patologias congênitas.

É um tema que deve ser considerado quando tratarmos de nós próprios e das nossas atividades.

Em outro artigo, se Deus permitir, concluiremos nossas reflexões sobre os legionários do quilo e a reencarnação.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

26ª SEMANA DO JOVEM ESPÍRITA DE PERNAMBUCO AGRADECE A TODAS AS INSTITUIÇÕES E OS PARTICIPANTES QUE COLABORARAM DIRETA E INDIRETAMENTE PARA O SUCESSO DO EVENTO

O jovem líder espírita Rodrigo Sales enviou-nos uma bela mensagem. Reproduzimos um trecho:


Queridos amigos e amigas, jovens luzes para o clarear do mundo, essa abençoada escola de todos nós. Nestes dias felizes em que Deus beijou o solo Pernambucano com a realização das atividades referentes à 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco ficamos observando o carinho e dedicação das instituições acolhedoras em proporcionar o melhor clima para todos os que até elas se dirigiam, a beleza dos inesquecíveis momentos artísticos que sensibilizaram os nossos corações e nos encheram de vontade de cantar a beleza de sermos eternos aprendizes da vida, o encanto e profundidade das lições que foram oferecidas pelos expositores das temáticas que iluminou as consciências de todos nós e nos chamou ao dever da ação.

E é sobre ação mesmo que viemos falar. Iniciamos nossas atividades numa manhã meigamente ensolarada de domingo. O inesquecível dia 20 de Julho de 2014, onde as nuvens dançavam nos céus de Pernambuco e permitiam que o clarão do astro rei pudesse acariciar a nossa alma enchendo-nos de esperança. Saíamos de nossos lares com o desejo de alcançar as pequeninas instituições de nossa nobre cidade Recife. E uns iam para o Cenáculo Espírita Casa de Maria, outros para o Centro Espírita Humberto de Campos, sorridentes jovens chegavam também ao Educandário Espírita Joana D’Arc, à Associação Espírita Templo da Criança, ao Centro Espírita Paulo de Tarso e outros se dirigiam até a Praça do Derby. Chegavam ansiosos, outros nervosos, tantos foram os que chegaram com a alegria estampada permanentemente no semblante, mas o importante: todos chegavam dispostos e dedicados ao serviço da luz.

E a luz realmente brilhou. Conta-nos o espírito de Djalma Montenegro de Farias que de cada agrupamento, pequenino no tamanho e grande no ideal de servir, saiam luzes que inundavam o céu do Estado. Foi um verdadeiro balé de luzes que só crescia à medida que os jovens batiam suas palmas e diziam: “É a Campanha do Quilo que pede uma ajuda em nome de Deus e em nome de Jesus”. As trevas cederam ao potencial do amor em ação. Grupos espirituais do plano superior da vida desceram e utilizando da sinfonia da prece em movimento que é a campanha do quilo iniciaram um gigantesco trabalho de socorro às zonas inferiores nas quais irmãos em retardo evolutivo ainda se limitavam a contemplar as paixões ilusórias do poder, do orgulho e do egoísmo.

Os céus de todo o Pernambuco, literalmente, toda a extensão pernambucana, foi banhada por uma luminescência tão grandiosa da qual proporcionou aos amigos da espiritualidade superior agir mais intensamente, sobretudo, nos círculos espirituais que trabalhavam contra o progresso da humanidade através dos jovens.

O nobre espírito amigo do movimento espírita Pernambuco aludiu ainda que é esse o verdadeiro caminho: A AÇÃO NO BEM. Sair das paredes dos Centros Espíritas e fazer que o Centro viva nos territórios onde a dor campeia e as escuridões instalam suas armas.
Somos luzes, queridos jovens, disse-nos Jesus afirmando nossa potencialidade divina. Buscamos a conquista da paz, entretanto ao forjá-la esquecemos de que o sacrifício norteará nossos passos.....

domingo, 17 de agosto de 2014

PRÁTICA OU TEORIA?


Há alguns raros espíritas que discordam da campanha do quilo. São, regra geral, companheiros que sentem-se entusiasmados pela parte teórica e doutrinária do Espiritismo, mas não conseguem enxergar a majestosa beleza da prática do Bem.

Sem dúvida o estudo do Espiritismo não é apenas necessário; é indispensável para o progresso, no que tange à aquisição de uma fé sólida: da fé raciocinada.

Somos favoráveis a estudos aprofundados realizados individualmente e a estudos em grupo realizados de forma fraterna, racional, aberta e respeitosa.

Mas, a nossa experiência indica que as tarefas beneméritas trazem um valor especial à prática espírita e mediúnica: uma vibração fraterna, assistência de espíritos amigos, que aprovam ações de ajuda aos sofredores.

Além disso, ações como passe, desobsessão e outras são tarefas assistenciais, em que agimos como intermediários e instrumentos dos espíritos amigos que praticam essas ações beneficentes.

Atuar na beneficência é, portanto, capacitarmo-nos para integrar grupos de espíritos socorristas no além, na espiritualidade.

Por outro lado, há espíritas dedicados a tarefas beneficentes que adotam uma postura crítica com relação aos outros espíritas que se limitam aos estudos da Doutrina. Nos surpreendem ao afirmarem que os estudos tem muito pouco valor e relação à ação beneficente.

Nós trabalhadores da campanha do quilo e de outras ações beneméritas precisamos nos conscientizar de que não nos compete avaliar o mérito de quem quer que seja. Necessário lembrarmos que estamos ensaiando os primeiros passos no caminho da evolução moral. Deus é o Supremo e Perfeito Juiz.

Estamos em demanda da Sabedoria, da Superioridade e posteriormente, da Perfeição. Para atingirmos um grau espiritual mais significativo é indispensável, além das tarefas de amor ao próximo, desenvolvermo-nos no conhecimento das Leis Divinas, pelo estudo e meditação e também no autoconhecimento, por meio das práticas indicadas por Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos.

Tais condições não ocorrem em uma reencarnação apenas e sim ao longo de diversas romagens nos dois planos da existência, enfrentando diversas tarefas, beneficentes, intelectuais, de comando, de obediência, de fama, de obscuridade, etc.

Portanto é necessário compreender que nem todos estão na presente experiência reencarnatória para cumprir tarefas semelhantes às nossas, que precisamos em primeiro lugar olhar para nós próprios antes de avaliarmos os nossos semelhantes e que todos estamos caminhando para a Perfeição muito distante e não sabemos em que posição cada um se encontra.

Concluímos que teoria e prática são indispensáveis e que há momentos em que há vidas que teorizamos e outras que praticamos, mas o ideal mesmo é associarmos teoria e prática na mesma reencarnação.