sábado, 13 de setembro de 2014

Schweitzer no mundo espiritual

O filantropo alemão, que citamos em artigo anterior, ao mencionarmos a adesão ao pensamento reencarnacionista por seguidores de outras concepções filosófico-religiosas, têm enviado suas inspirações ao mundo terrestre. Procura estimular atividades benemerentes, que visem aliviar os sofrimentos, enxugar lágrimas, orientar, confortar.

Temos como certo que ele tem incentivado os encarnados para ajudar crianças, velhinhos, famílias fragilizadas, enfermos, etc.

Divaldo Pereira Franco, por exemplo ao psicografar o livro "Transição Planetária" ditado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, noticia a ação dessa personagem elevada, na página 157. Eis o relato:

"Tomando conhecimento do nosso interesse em conhecer algumas obras de beneficência, para ampliar o nosso aprendizado, o amigo Aurélio indicou-nos uma Casa de amor dedicada ao repouso de pacientes saídos de hospitais, que antes ficavam ao desamparo, no difícil período da convalescença, principalmente aqueles que vinham de cidades interioranas para tratamentos
cirúrgicos. Dando-nos corretas informações, demandamos o abençoado lar, em edifício moderno de três pisos, com diversos setores de atendimento aos sofredores do caminho, assim como realizando atividades doutrinárias do Espiritismo.
Fomos recebidos, à entrada, por venerável benfeitor da Humanidade, que deixara na Terra uma obra incomum nas terras da antiga África equatorial francesa, e que também cooperava naquele ninho de amor."

Podemos concluir que prosseguimos no mundo espiritual na mesma situação moral que nos encontramos na Terra. Se ajudamos o próximo com amor e desinteresse, poderemos continuar no além servindo e ajudando em nome de Jesus.

Para os que não tiveram oportunidade de conhecer mais detalhes sobre o Schweitzer, vou relatar de memória um fato de li há anos, do livro “O Profeta das Selvas” de Hermann Hagedorn.

O Dr. Schweitzer havia deixado sua terra Natal, Alemanha, país que se destacava pelo progresso, segurança e conforto. Tinha acrescentado ao seu rico currículum o título de medico, exclusivamente para prestar serviços na África Equatorial Francesa, em Lambaréné no Gabão. Escolheu essa região por ser à época a mais desassistida do planeta, onde campeavam epidemias, inclusive de malária.

Certa feita o Dr. Schweitzer estava arrastando pesado tronco de árvore para construir um hospital em favor da população local. Observou um nativo vestido à moda européia, isto é, com terno e gravata. Dirigiu-se ao cidadão e pediu:

 – Por favor, pode me ajudar a deslocar esse tronco? Ao que o cidadão respondeu: Eu sou doutor, não faço esse tipo de trabalho (?!). Ao que Schweitzer redarguiu: eu tentei ser doutor, mas não levo jeito. Continuou a arrastar o pesado fardo com bom humor.

Schweitzer passou 52 anos, até sua morte - aos 92 anos -  trabalhando desinteressada e dedicadamente em favor dos habitantes da região.