Ao iniciarmos nossos trabalhos de campanha do quilo, realizávamos, aos domingos, campanha de porta em porta. Alguns meses após o início dos trabalhos, fomos convidados pelo Sr. Fernando Mendes de Oliveira para realizarmos campanha em companhia de Elias Sobreira, que já estava com a idade aproximada de 70 anos e havia poucos legionários realizando campanha com ele.
Passamos a realizar campanhas aos sábados em favor da Casa dos Humildes. Essas campanhas eram realizadas na feira de casa amarela. Havia duas modalidades de campanha: uma de ponto - o legionário se postava em uma esquina e lançava o apelo aos pedestres; outra era a campanha de feira. O legionário abordava cada feirante e lançava o apelo de contribuição, que era atendido por doação de frutas, verduras, etc.
Atualmente, além das formas de campanha que citamos acima, pratica-se a campanha de sinal. O trabalhador da campanha permanece em uma esquina de rodagem de automóveis nas proximidades de um sinal de trânsito, como dizem os paulistas um farol. Quando os automóveis param o legionário do quilo aproxima-se do motorista e dos passageiros e lança o apelo em favor das instituições de caridade.
Nas campanhas de porta em porta arrecada-se prioritariamente gêneros alimentícios, nas campanhas de ponto e de sinal, prioritariamente dinheiro. Mas, em nossa forma de definir, todas são campanhas do quilo.
Do ponto de vista espiritual qual das campanhas é a mais valiosa? A resposta é, depende do coração e do comportamento do legionário. O que valoriza a campanha é a prática do amor fraterno com humildade.
A dinâmica da campanha de porta em porta, do ponto de vista do mandamento de Jesus - Ide e Pregai, tem a vantagem de levar as mensagens psicografadas por Chico Xavier e outras mensagens genuinamente espíritas cristãs aos lares... Isso mesmo aos lares. Nossas escolas de redenção.
Na campanha de porta em porta também, sem mesmo o trabalhador da campanha saber, abordam-se meretrícios (casas de alegria aparente e sofrimento oculto), locais de encontro de irmãos equivocados, enredados no crime. Pregamos o evangelho de forma discreta, breve a todos.
Na campanha de ponto distribui-se uma quantidade muito maior de mensagens. Estimamos que durante duas horas o legionário distribua 1.000 mensagens.
Nas de sinal o público contribuinte, em regra é o que tem as residências inacessíveis, em apartamentos que não se consegue abordar. Portanto, esse público, após a instalação de campanhas de sinal, passam a ter oportunidades de ajudar o próximo de forma desinteressada.
Destina-se a divulgar a filosofia e o movimento da campanha do quilo.
domingo, 30 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Dar o peixe e ensinar a pescar
A
campanha do quilo nos traz lições
surpreendentes: estava realizado uma campanha em favor da creche
do Cenáculo Espírita Casa de Maria, quando encontrei
uma senhora. Ela perguntou:
- Para
onde você está fazendo esta campanha?
Respondi:
- Para
a creche do Cenáculo Espírita Casa de Maria.
Ela
olho-me e disse:
- Sou feliz
por ter participado do
curso de corte e costura no Cenáculo. Graças a
ter assistido o curso,
hoje tenho uma fonte de sobrevivência. Agradeço
muito ao senhor Nelson Assunção, por isso. Nelson Assunção
era, na época, o presidente da instituição.
Diante
dessa afirmativa, lembrei-me do meu tempo de juventude quando iniciei
meus estudos espíritas. De fato, naquela época, havia cursos
de corte e costura e de culinária no Cenáculo.
Lembro-me entretanto de ter ouvido críticas
contra esses cursos por parte de um senhor.
Dizia
esse senhor:
- Para
que curso de corte
costura ou de culinária no centro espírita?
Naquele
tempo não sabia o que pensar. Mas o encontro com
aquela ex aluna me fez perceber que ensinar às
pessoas a trabalhar e ganhar a vida com dignidade é
uma bela, necessária e
meritória ação.
Vale lembrar os comentários de Allan Kardec à lição de Jesus a respeito do óbulo da viúva:
“Todo
aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões
encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe
depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém
há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um
serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento
físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à
falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso,
para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a
dádiva do pobre, o óbulo da viúva.” - O Evagangelho Segundo o
Espiritismo – Edição FEB – Cap. XIII “Não saiba a vossa mão
esquerda o que dê a vossa mão direita”
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