quinta-feira, 26 de novembro de 2015

TAREFAS BENEFICENTES – Evangelho no Lar


O Espiritismo nos ensina que ações beneficentes são importantes para nosso desenvolvimento espiritual. A respeito desse tema, o espírito Vicente de Paulo, por exemplo, enviou sábias e belas mensagens, que foram publicadas em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nessas mensagens, o missionário da caridade nos chama a atenção para a grande importância da prática das boas obras.

Observamos na vida e nas ações de Elias Sobreira um legado de trabalhado de campanhas do quilo, mas também de prática da beneficência de outras formas: visitas aos enfermos, aos encarcerados, aos lares pobres, aos lares assediados por entidades perturbadoras….

Nessa linha de ação, por volta de 1978, quando frequentávamos a juventude espírita, fomos convidados por um amigo para realizar uma série de reuniões de evangelho na residência de um professor de cursinho preparatório para o vestibular. Esse professor, antes de iniciarmos esta série de reuniões, havia nos informado que seu relacionamento conjugal estava bastante abalado.

Marcamos com o solicitante. No primeiro dia em que chegamos ao apartamento do professor observamos sua esposa segurar as mãos de duas pequenas crianças e sem sequer cumprimentar-nos, retirou-se com os pequenos para a parte exterior do apartamento, como a expressar desagrado pela nossa presença.

O professor embaraçado apresentou escusas.

Realizamos algumas sessões de evangelho no lar, mas por causa de demandas da Escola do Quilo, tivemos que intensificar visitas às instituições espíritas, o que determinou a interrupção de nossa participação. Os demais integrantes da mocidade continuaram a tarefa.

Passados alguns anos, fui convidado para proferir palestra espírita. Compareci antecipadamente. Pouco antes do início da reunião, adentrei a uma sala com luzes mortiças em companhia do dirigente. Fizemos uma prece a Jesus, ato contínuo, dirigimo-nos à mesa onde permaneciam outros componentes. Lancei um cumprimento geral aos presentes.

Ocupei o lugar indicado pelo dirigente. No momento adequado, elevei mais uma vez o pensamento ao alto e iniciei a transmissão da mensagem. Cumprida a tarefa, sentei-me; ao meu lado encontrava-se jovem mulher usando óculos escuros. Ainda sob o efeito da concentração, eu não prestava atenção a ela.

Esta senhora, olhou-me, retirou os óculos e pronunciou meu nome. Olhei-a, reconheci a esposa do professor. A surpresa com que fui tomado, contribuiu para que este episódio permanecesse em minha memória. Ela me disse que aderira ao Espiritismo; a Doutrina Espírita havia trazido tranquilidade à sua alma. Declarou que as ações de evangelho no lar colaboraram para que decidisse abraçar a causa espírita e a tornar-se uma trabalhadora.

Em relação à adesão ao programa cristão estava mais avançada do que o professor. Aprendera a lidar com adversidades conjugais e familiares.

Olhava-me expressando gratidão. Encontrei-a outras vezes em instituições espíritas. Em suas expressões, estampava invariavelmente sorriso, gratidão, simpatia e serenidade.

Sua filha, aquela menina que havia sido retirada inicialmente das reuniões de evangelho no lar tornou-se estagiária numa empresa em que eu trabalhava. Parecia com sua mãe, mesmo olhar de simpatia e gratidão; também aderiu ao Espiritismo.

Por fim, a esposa do professor entregou seu corpo à mãe Terra; partiu para a espiritualidade. Em algumas ocasiões parece que “vejo” a figura da amiga desencarnada. Não a vejo com os olhos, mas com a mente. Nessas visões, apresenta-se com a mesma forma, agora porém diáfana. Com o mesmo sorriso de simpatia. Os dirigentes da instituição onde eu a tinha encontrado após sua adesão ao Espiritismo, dizem que por meio de informações mediúnicas ela, além da sepultura, permanece ativa na Seara de Jesus.

Vejam, amigos que pequenas tarefas na Seara do Bem podem colaborar para produzir expressivos resultados. Somos pequenos semeadores, Deus faz crescer e frutificar.

Isoláquio