Ei-lo, Senhor, são cinquenta anos,
saco às costas, mochila à mão,
trilhando as veredas do amor sublime,
fazendo da caridade voz e oração.
A caridade que Tu mesmo ensinaste
em sábia lição que o tempo atravessou:
"Tudo que fizerdes a um desses pequeninos..."
e em cada Legionário o Teu exemplo brotou.
Eles vêm de casas humildes ou abastadas,
possuem as mais diversas profissões
e, unidos pelo mesmo sonho e ideal,
entralaçam num só desejo os corações.
Ei-los, Senhor, Teus filhos abnegados,
de todos amigos, de todos irmãos.
Nos lábios a humildade da súplica
revelada no terno gesto das mãos.
Mãos estendidas que mansamente pedem
para o velhinho e a desamparada criança.
tentando minimizar a dor de cada um,
tentando levar-lhes a doce esperança.
Cinquenta anos de prática do amor fraterno,
de caridade, disciplina e doação.
A esses dedicados homens do Quilo
a nossa mais sincera gratidão.
Maria Dommell.
(DOMMELL, Maria e UCHÔA, Rubens - A canção do amor fraterno - Recife - 1997).
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