Hoje realizamos mais uma campanha do
quilo em favor de uma creche. O trabalho consistiu em pedir de porta em porta no bairro de
Campo Grande em Recife. A população daquele bairro sempre mostrou
boa vontade, receptividade aos trabalhadores da campanha. No dia de
hoje não foi diferente – simpatia e disposição em colaborar. Se as
pessoas não podiam colaborar tinha a gentileza de justificar e
declarar que na próxima oportunidade ajudariam à creche. Feijao,
arroz, macarrão, uma moeda... as doações são importantes para a
manutenção da instituição.
Durante a reunião preparatória, o
dirigente declarou que cada campanha é diferente das precedentes,
sempre aprendemos alguma coisa do Evangelho, dos preceitos
espirituais. O dirigente alertou para o fato de nós, apesar de não
usufruirmos das doações materiais, recebemos, benefícios espirituais, bênçãos do mais alto, recursos morais
para desobsessão individual e coletiva. Em outras palavras, nós
somos os mais necessitados da campanha e, ao mesmo tempo, os mais
beneficiados.
Algumas pessoas abordadas solicitaram
preces para si ou para parentes necessitados ou enfermos. Ao final da
campanha, fizemos preces para quem as solicitou e rogamos a Deus por
nós, pelos nossos parentes, colegas, vizinhos e até para os que desgostam de nós, encarnados e desencarnados.
Um dos presentes, disse que reencontrou
antigo desafeto; este ao vê-lo disse: como pode ser, você nessa
situação... E ao mesmo tempo abraçou-o. Gesto fraterno que foi
correspondido. O interpelado explicou o que é a campanha. E a
reconciliação efetivou-se sem mais delongas. Os motivos de
antagonismo foram superados.
Por fim, surpreendeu-nos o número de
participantes. Há alguns anos, que o número de trabalhadores da
campanha situava-se cronicamente abaixo de 10 participantes. Nós
procuramos fazer divulgação dessa campanha, no próprio cenáculo
nas reuniões públicas e em instituições próximas. Convidamos as
pessoas por telefone e por e-mail. Durante vários meses, enviamos
mensagens a pessoas que não comparecem, outros comparecem por algum
tempo e desistem.
Hoje, porém, tivemos a grande
safisfação de ver desessete pessoas unidas no ideal cristão de
ajudar a crianças carentes e suas famílias. Quinze homens, um deles
com a idade de 14 anos e duas senhoras – todos de boa vontade.
Compreendemos que a campanha funciona como um campo; nós realizamos
a campanha, divulgamos, convidados as pessoas, enfim semeamos a
semente – Deus, porém, no tempo certo, dá a colheita.
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