A
campanha do quilo nos traz lições
surpreendentes: estava realizado uma campanha em favor da creche
do Cenáculo Espírita Casa de Maria, quando encontrei
uma senhora. Ela perguntou:
- Para
onde você está fazendo esta campanha?
Respondi:
- Para
a creche do Cenáculo Espírita Casa de Maria.
Ela
olho-me e disse:
- Sou feliz
por ter participado do
curso de corte e costura no Cenáculo. Graças a
ter assistido o curso,
hoje tenho uma fonte de sobrevivência. Agradeço
muito ao senhor Nelson Assunção, por isso. Nelson Assunção
era, na época, o presidente da instituição.
Diante
dessa afirmativa, lembrei-me do meu tempo de juventude quando iniciei
meus estudos espíritas. De fato, naquela época, havia cursos
de corte e costura e de culinária no Cenáculo.
Lembro-me entretanto de ter ouvido críticas
contra esses cursos por parte de um senhor.
Dizia
esse senhor:
- Para
que curso de corte
costura ou de culinária no centro espírita?
Naquele
tempo não sabia o que pensar. Mas o encontro com
aquela ex aluna me fez perceber que ensinar às
pessoas a trabalhar e ganhar a vida com dignidade é
uma bela, necessária e
meritória ação.
Vale lembrar os comentários de Allan Kardec à lição de Jesus a respeito do óbulo da viúva:
“Todo
aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões
encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe
depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém
há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um
serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento
físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à
falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso,
para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a
dádiva do pobre, o óbulo da viúva.” - O Evagangelho Segundo o
Espiritismo – Edição FEB – Cap. XIII “Não saiba a vossa mão
esquerda o que dê a vossa mão direita”
Nenhum comentário:
Postar um comentário