O
Espiritismo nos ensina que ações beneficentes são importantes para
nosso desenvolvimento espiritual. A respeito desse tema, o espírito Vicente de Paulo, por
exemplo, enviou sábias e belas mensagens, que foram publicadas em O
Evangelho Segundo o Espiritismo. Nessas mensagens, o missionário da
caridade nos chama a atenção para a grande importância da prática
das boas obras.
Observamos
na vida e nas ações de Elias Sobreira um legado de trabalhado de
campanhas do quilo, mas também de prática da beneficência de
outras formas: visitas aos enfermos, aos encarcerados, aos lares
pobres, aos lares assediados por entidades perturbadoras….
Nessa
linha de ação, por volta de 1978, quando frequentávamos a
juventude espírita, fomos convidados por um amigo para realizar uma
série de reuniões de evangelho na residência de um professor de cursinho
preparatório para o vestibular. Esse professor, antes de iniciarmos
esta série de reuniões, havia nos informado que seu relacionamento
conjugal estava bastante abalado.
Marcamos
com o solicitante. No primeiro dia em que chegamos ao apartamento do
professor observamos sua esposa segurar as mãos de duas pequenas
crianças e sem sequer cumprimentar-nos, retirou-se com os pequenos
para a parte exterior do apartamento, como a expressar desagrado pela
nossa presença.
O
professor embaraçado apresentou escusas.
Realizamos
algumas sessões de evangelho no lar, mas por causa de demandas da
Escola do Quilo, tivemos que intensificar visitas às instituições
espíritas, o que determinou a interrupção de nossa participação.
Os demais integrantes da mocidade continuaram a tarefa.
Passados
alguns anos, fui convidado para proferir palestra
espírita. Compareci antecipadamente. Pouco antes do início da
reunião, adentrei a uma sala com luzes mortiças em companhia do
dirigente. Fizemos uma prece a Jesus, ato contínuo, dirigimo-nos à
mesa onde permaneciam outros componentes. Lancei um cumprimento geral aos presentes.
Ocupei
o lugar indicado pelo dirigente. No momento adequado, elevei mais uma
vez o pensamento ao alto e iniciei a transmissão da mensagem.
Cumprida a tarefa, sentei-me; ao meu lado encontrava-se jovem mulher
usando óculos escuros. Ainda sob o efeito da concentração, eu não
prestava atenção a ela.
Esta
senhora, olhou-me, retirou os óculos e pronunciou meu nome. Olhei-a,
reconheci a esposa do professor. A surpresa com que fui tomado, contribuiu para que este episódio permanecesse em minha memória. Ela me disse que aderira ao Espiritismo; a Doutrina Espírita
havia trazido tranquilidade à sua alma. Declarou que as ações de
evangelho no lar colaboraram para que decidisse abraçar a causa
espírita e a tornar-se uma trabalhadora.
Em
relação à adesão ao programa cristão estava mais avançada do
que o professor. Aprendera a lidar com adversidades conjugais e
familiares.
Olhava-me
expressando gratidão. Encontrei-a outras vezes em instituições
espíritas. Em suas expressões, estampava invariavelmente sorriso,
gratidão, simpatia e serenidade.
Sua
filha, aquela menina que havia sido retirada inicialmente das
reuniões de evangelho no lar tornou-se estagiária numa empresa em
que eu trabalhava. Parecia com sua mãe, mesmo olhar de simpatia e
gratidão; também aderiu ao Espiritismo.
Por
fim, a esposa do professor entregou seu corpo à mãe Terra; partiu
para a espiritualidade. Em algumas ocasiões parece que “vejo” a
figura da amiga desencarnada. Não a vejo com os olhos, mas com a
mente. Nessas visões, apresenta-se com a mesma forma, agora porém
diáfana. Com o mesmo sorriso de simpatia. Os dirigentes da
instituição onde eu a tinha encontrado após sua adesão ao
Espiritismo, dizem que por meio de informações mediúnicas ela,
além da sepultura, permanece ativa na Seara de Jesus.
Vejam, amigos que pequenas tarefas na Seara do Bem podem colaborar para produzir expressivos resultados. Somos pequenos semeadores, Deus faz crescer e frutificar.
Isoláquio
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