Hoje
fizemos campanha do quilo em favor da creche do Núcleo Espírita
Missionários da Luz. A instituição necessita de recursos para
reparar os danos causados por um assalto que aconteceu há alguns
meses.
Essa
campanha foi no sinal de trânsito nas proximidades do supermercado
Carrefour do bairro da Torre. Abordamos os automóveis e transeuntes
solicitando colaborações e distribuindo mensagens psicografadas com
teor moral e consolador.
Logo
ao iniciar os pedidos, observei que do lado oposto da autovia um
cidadão que dirigia um Honda Civic estacionou o automóvel à
margem da rua. O sinal abriu, os demais automóveis partiram, mas o
Civic permaneceu parado com o motorista olhando na minha direção e
com janela aberta. Chamou-me e colaborou com algum recurso para a
campanha.
Pensei:
há vários tipos de relacionamento das pessoas com a campanha do
quilo. Uns doam quase sem que haja necessidade de lançarmos o apelo
para contribuição. Outros doam apenas quando são instados a
fazê-lo, alguns vacilam, duvidosos se devem ou podem doar, outros
negam com decisão; convictos.
Muitas
vezes a maior parte da comunicação acontece de forma não verbal.
Expressões de aprovação, de desculpas, de rejeição…... Antes
de doarem, alguns apresentam expressões de simpatia, doam ou se
desculpam por não haver naquele momento recursos para colaborarem e
aceitam a mensagem. Outros permanecem impassíveis, não sabemos se
nos ouvem e desta forma estão expressando que não concordam com a
atividade que estamos realizando, se estão distraídos ou se trazem
algum problema que dificulta nossa interação com eles.
Em
cada atitude em cada reação ou falta de reação aos apelos que
dirigimos, (e diga-se que acontecem em poucos segundos), nossos
sentimentos também variam com a reação, mas, quando estamos
vinculados pelo pensamento ao Mestre Jesus, esses sentimentos embora
oscilem são sempre de equilíbrio e de paz.
Durante
os trabalhos de hoje, parece que os amigos da espiritualidade
ministravam aulas de evangelização para mim que sou um necessitado
de lições de moral cristã. Inspiravam-me:
“É
necessário, levar esse estado de espírito de paz ao cotidiano;
prestar a atenção continuamente aos próprios pensamentos,
gestos, atitudes, palavras e ações. Precisamos estudar os
princípios da moral de Jesus: Amai o próximo com a si mesmo, fazei
ao próximo tudo quanto desejas que se te faça. Não façais ao
próximo nada que não gostaríeis que o próximo te fizesse.
Formulemos
propósitos superiores, façamos preces pedindo a Deus que nos
fortaleça nesses propósitos e intenções. Cultivemos a gentileza,
o carinho fraternal para com todos sem distinção – homens,
mulheres, crianças, jovens, velhos, pobres, ricos, brasileiros,
estrangeiros, sem esquecer da necessária vigilância.
Comprometamo-nos
com a benevolência, com a indulgência. Ao olharmos para as pessoas,
lembremo-nos que todos são nossos irmãos e que em muitas situações
as pessoas nos abordam repentinamente ou sutilmente enviadas por
Jesus. Algumas vezes desejam apenas nossa atenção carinhosa ou
instruções superiores no campo do Bem, outras precisam de palavras
de encorajamento para prosseguirem com fé nas estradas da vida e
outras estão inconscientemente buscando-nos como veículos da
oportunidade de se tornarem servidores do bem comum, dos serviços de
Jesus.
Ao
final do dia quando o sol se esconde no horizonte e o céu se cobre
de estrelas, elevemos novamente o pensamento ao Criador incriado,
Eterno, amoroso pai de todas as criaturas; Pai de todos os seres, da
ínfima bactéria ao arcanjo governador de mundos. Recaptulemos o
conteúdo dos nossos propósitos, benevolência, indulgência, amor
ao próximo. Indaguemos de nossa consciência se teríamos faltado ao
dever de fraternidade, mas da fraternidade que brota do coração.
Identifiquemos eventuais falhas, examinemos em nós as causas dessas
falhas; disponhamo-nos a repará-las e a assumir melhores atitudes
perante a vida e o semelhante. Repitamos constantemente o ciclo:
estudar a moral de Jesus, formular propósitos cristãos, manter o
pensamento e o próprio espírito vibrando no diapasão da
fraternidade, do amor carinhoso ao próximo, vigiemos, examinemos
nosso eu (ações, pensamentos, atitudes, gestos, palavras),
retifiquemos, melhoremos nossas atitudes, repitamos o ciclo de
melhoria espiritual.
Oremos,
elevemos a toda hora o nosso padrão vibratório mental, mantenhamos
a paz interior, enviemos pensamentos de carinho fraterno para todos.”
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