Quais
os resultados esperados
Os
resultados esperados e, podemos dizer, resultados certos da reforma
moral são melhoria moral de si mesmo, porque o indivíduo que se
dedica à reforma moral passa a enxergar os próprios erros,
arrepende-se, aceita a expiação com serenidade, porque sabe ser
justa e repara o mal cometido.
Observa-se
significativa influência na melhoria ao derredor, nas pessoas que
convivem conosco. Melhoria no relacionamento familiar, conjugal, com
vizinhos e consequentemente contribuição efetiva para o bem estar e
a paz do local onde residimos, do país e do planeta. O exemplo do
bem parte do indivíduo, espalha-se devagarzinho como uma onda, toca
os olhos, ouvidos e corações dos que o cercam; irradia-se pela
vizinhança, por terceiros que convivem com familiares e amigos,
ainda que desconhecidos do indivíduo. Estende-se além para a Nação,
pacificando-a e para o Mundo, fazendo um pouco mais suave a vida de
toda a Humanidade.
APÊNDICE
– INSTINTOS E CONDICIONAMENTOS
Espíritos imortais, tivemos muitas
experiências encarnatórias, construímos ao longo das eras nosso
patrimônio moral e intelectual.
Enquanto nos ensaiávamos para a vida
humana, desenvolvemos instintos, aperfeiçoamos as funções sediadas
no perispírito e que governam automaticamente o cosmo orgânico.
Tais funções pertencem à parte profunda da nossa inconsciência e
que é comum aos homens e aos animais, de onde emergem reflexos
inatos e incondicionados. Essa parte do nosso ser, consolida
experiências desenvolvidas por meio de ensaio e erro, sucessos e
frustrações ao longo de milhões de anos. São manifestações dos
instintos de sobrevivência e de reprodução. Podemos afirmar que
essa estrutura é praticamente imexível no nível evolutivo em que
nos encontramos. Podemos controlá-las, educá-las mas não podemos
modificar-lhes sua estrutura básica, seu cerne ou substituí-las por
outras.
Que somos, de onde viemos, para onde
vamos, o que estamos fazendo neste mundo. Esse conhecimento de si
mesmo diz respeito a uma parte em nós que nos faz pertencer à
humanidade. É um autoconhecimento enquanto espécie. Mais
sofisticadas são as características humanas, nossas faculdades de
raciocinar, abstrair, escolher, pensar em Deus. Essas características
podem ser aperfeiçoadas; podemos acrescentar e desenvolver novas
faculdades sobre elas, como a intuição, por exemplo.
Em uma parte mais superficial da nossa
inconsciência residem registros que nos vinculam a grupos humanos
ainda vastos como à nação e à cultura. Em geral nos assemelhamos
mais aos nossos compatriotas do que aos estrangeiros, pelo valor que
atribuímos a tal ou qual comportamento a tal ou qual crença. Assim
é que existem povos mais valentes, mais moderados, mais
intelectualizados, mais dados à arte, etc. Esses povos são
agregados de seres humanos com características semelhantes.
Características culturais
paulatinamente mais superficiais em nossa consciência nos vinculam à
região à província, à cidade e à família a que pertencemos.
Características
individuais, mas que também existem nos grupos vastos ou restritos,
como a Nação, a Província , à cidade e à família, que
pertencemos foram definidas por Karl Jung como inconsciente coletivo.
Essas características podem ser questionadas e até modificadas por
nós, se constatarmos que se tratam de equívocos ou aspectos
prejudiciais.
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