segunda-feira, 19 de março de 2012

SUICÍDIO – UMA ANÁLISE ESPÍRITA



Autocídio, ou suicídio – ato de tirar a própria vida. O Espiritismo, que é a ciência que estuda os espíritos, sua origem, evolução, destino bem como os meios de comunicação que estes possuem de comunicar-se com o mundo corporal, com o nosso mundo, nos ensinam como avaliar esse ato.

Espíritos de suicidas têm se comunicado desde os primeiros tempos do Espiritismo. Encontramos manifestações de suicidas na Revista Espírita, no Céu e no Inferno, etc. Além das comunicações propriamente ditas, existem análises doutrinárias sobre o tema em O Livro dos Espíritos e em O Evangelho Segundo o Espiritismo.

Há um trabalho mediúnico particularmente interessante intitulado “Memórias de um Suicida” de autoria de Camilo Castelo Branco e enriquecido com conceitos espíritas pelo filósofo poeta León Denis. Esses autores desencarnados transmitiram essa obra por intermédio da mediunidade de Ivone do Amaral Pereira.

Trata-se, portanto de fontes riquíssimas de informações, de fatos muito bem descritos e, há, inclusive alguns averiguados e cujas descrições contidas nas mensagens mediúnicas foram comprovadas por ulteriores investigações (veja-se, por exemplo em O Céu e o Inferno – Francois Simon Louvet).

Como o Espiritismo vê o suicídio?

Como um enorme crime. Ninguém tem o direito de dispor da própria vida. A nossa existência pertence a Deus; somente o Criador pode tirá-la. As consequências do suicídio, no mundo espiritual são terríveis. A necessidade da vida corporal cortada intempestivamente gera sensações tenebrosas. Em alguns casos, os espíritos sofrem como que uma repercussão do estado corporal, sentem os horrores da decomposição e por vezes a sensação de os vermes roerem a própria carne.

O que pode ser feito para confortar, amenizar os grandes padecimentos dos suicidas?

A melhor atitude que podemos adotar em favor do conforto dos suicidas é a prece. A prece do coração, sentida, profunda, dirigida em nome de Deus, aos suicidas. Dizem os espíritos dos suicidas que a prece é como que um orvalho a suavizar suas aflições. Nas reuniões de mediunidade, por vezes, comunicam-se espíritos suicidas que são confortados por meio da palavra fraterna dos espíritos amigos, bem como da utilização dos recursos fluídicos oferecidos pelos encarnados.

Quais as causas, as motivações do suicídio? Que condições representam maior risco de suicídio?

Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo nos ensina que a falta de fé no futuro, na continuidade da vida é uma situação que fragiliza o ser diante das provações e das decepções. Nessa circunstância, o homem se encontra mais exposto a cair na loucura ou no suicídio. Diz o Codificador: “A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio” - Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap V – nr 16 – 123° edição FEB – Tradução de Guillon Ribeiro.

Análises estatísticas indicam que os transtornos psicológicos, o uso de drogas, de álcool, rede social restrita, acesso aos meios de autodestruição (armas, venenos, etc), comportamento sexual (LBGT, solteiros), ociosidade, representam riscos ao suicídio.
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Suicídio ). As obsessões são também fatores importantes de risco.

O que o Espiritismo pode fazer para contribuir com a prevenção do suicídio?

A divulgação do Espiritismo é a melhor forma de prevenir o suicídio. O Espiritismo infunde uma fé sólida aos que se dedicam aos estudos sério e continuado dessa magnífica Doutrina. Além disso, o movimento espírita oferece oportunidades de trabalhos voluntários que fornecem um sentido útil e até mesmo elevado à vida. Na Fraternidade do Quilo, por exemplo há oportunidades de trabalho voluntário como visitas a hospitais, assistência a famílias carentes, trabalhos em favor de creches e lares de idosos. As pessoas que aderem a esses trabalhos passam a usufruírem de uma alegria interior duradoura que conforta e ajuda decisivamente na superação de tristezas e decepções.

Como a campanha do quilo pode atuar no sentido de prevenir e de tratar o suicídio?

A campanha do quilo, constitui-se em um exercício dos ensinos morais do Cristo - por meio da campanha podemos exercitar a humildade, a caridade e o amor ao próximo. A ação de perdir a quem tem para dar a quem falta o necessário, com o sentimento de fraternidade, espalha energias purificadas no ambiente em que atua. Leva bons exemplos e bons fluidos às pessoas, aos lares, aos ambientes públicos, às favelas, aos prédios de apartamentos. Muitos dos que recebem essas influências, são desviados dos atos nefastos do suicídio, pois perseguidores espirituais que, ao longo do tempo adquiriram domínio sobre o pensamento e o sentimento de suas vítimas, adotam a estratégia de convencerem gradualmente; utilizam técnicas de hipnotismo que vão paralisando a razão e o discernimento dos obsidiados ao longo do tempo. As boas influências e as mensagens distribuídas pela campanha do quilo contribuem para reduzir a atuação de espíritos perigosos sobre mentes frágeis.

As mensagens também representam um convite ao estudo do Espiritismo. E a campanha do quilo é a maior estrutura de distribuição de mensagens existente nos dias de hoje. Durante uma campanha do quilo, pode-se distribuir centenas ou mesmo milhares de mensagens. Trata-se de uma ação massiva e muito benéfica.

Além disso, nos trabalhos preparatórios e durante as atividades nas ruas, espíritos sofredores, alguns suicidas, observam as palavras e as atitudes dos legionários, recebem as vibrações de amor, de desinteresse emanadas por essa atividade cristã e sentem importante alívio em seus padecimentos.

Diante de tudo o que foi dito, podemos concluir que a campanha do quilo é um poderoso se não o mais poderoso recuso preventivo contra o suicídio.