terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Mensagem de ano novo

Embora todos os dias o Sol se levante no horizonte, as flores voltem a abrir-se, as sementes rebrotem, quando o calendário indica que um ano de nossas vidas se foi, sentimo-nos convidados à reflexão.

Qual o sentido da vida? O que fazemos nesse mundo? Para nós espíritas essas perguntas fundamentais estão suficientemente respondidas. Mas nem sempre nos aplicamos a cuidar do que é essencial: nossa renovação.
Eis uma bela mensagem do espírito Emmanuel, psicografada pelo exemplar médium Francisco Cândido Xavier, publicada pela FEB no livro Vinha de Luz:

Oração e renovação


É certo que todo trabalho sincero de adoração espiritual nos levanta a alma, elevando-nos os sentimentos.
A súplica, no remorso, traz-nos a bênção das lágrimas consoladoras. A rogativa na aflição dá-nos a conhecer a deficiência própria, ajudando-nos a descobrir o valor da humildade. A solicitação na dor revela-nos a fonte sagrada da Inesgotável Misericórdia.
A oração refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa o coração ao serviço divino. Não olvidemos, porém, de que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós próprios.
Na essência, não é o Senhor quem necessita de nossas manifestações votivas, mas somos nós mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade da repetição, aprendendo com a sabedoria da vida.
Jesus espera por nossa renovação espiritual, acima de tudo.
Se erraste, é preciso procurar a porta da retificação.
Se ofendeste a alguém, corrige-te na devida reconciliação.
Se te desviaste da senda reta, volta ao caminho direito.
Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.
Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.
Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia, para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas.
O Mestre confere-nos a Dádiva e pede-nos a iniciativa.
Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu agrado e proveito, mas não te esqueças da ação e da renovação aproveitáveis na obra divina do mundo e sumamente agradáveis aos olhos do Senhor.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Vaidade e Campanha do Quilo

A campanha do quilo, poderia provocar vaidade em algumas pessoas?

Desde que se trata de uma atividade considerada nobre por muitas pessoas, os trabalhadores da campanha do quilo, poderiam sentir-se envaidecidos e talvez até "superiores" a quem não participa do trabalho.

Nós seres humanos, vez por outra, incidimos em posturas,  adotamos atitudes completamente destoantes dos princípios cristãos, até mesmo dentro das agremiações que se propõe a adotar os sublimes ensinos de Jesus como diretriz de todos os projetos e de todas as ações.

Envaidecer-se por fazer a campanha do quilo é um contrassenso. O objetivo principal da campanha é cultivar a humildade e nos livrar da vaidade, da presunção e sentimentos da espécie.

Felizmente, se as pessoas persistem na atividade, apesar da contradição, acabam por aprender o sentido verdadeiro da campanha, isto é: esforço concentrado para eliminar orgulho e vaidade. E superam a vaidade, até mesmo com a ajuda da espiritualidade que observa o esforço sincero do participante para vencer as próprias inferioridades.

Por outro lado, se a pessoa insiste em acreditar que possui méritos ilusórios, tenderá a abandonar a campanha. Submetendo-se às críticas que vez por outras são dirigidas aos tarefeiros da campanha, se não se submetem ao tratamento de recuperação moral que essas críticas representam, sente-se frustrado em sua vaidade.

Apesar desse abandono ter sido motivado por uma imperfeição, essas pessoas não deixaram de sentir as blandícias de realizar a beneficência, por isso cedo ou tarde retornam à campanha, saudosos daqueles sentimentos elevados que somente a prática da caridade proporciona.

Por fim, constatam que livrar-se da vaidade é renunciar a uma das fontes de desgostos e decepções, fato que nos deixa mais leves e felizes.

sábado, 22 de novembro de 2014

A campanha do quilo sob o enfoque da reencarnação II

A Campanha do Quilo, como de resto tarefas de amor ao próximo, de beneficência proporcionam um bem estar interno incomparável. O prazer do coração, leve, suave, benfazejo visita a alma.

Diferentemente dos prazeres materiais, os espirituais são mais duráveis. Favorecem equilíbrio interior, saúde, melhoria na qualidade dos relacionamentos. Os beneficência associada ao estudo do Espiritismo e do Evangelho, situam-nos em um patamar de prazer interno permanente.

Alguns companheiros, envolvidos nesse clima, podem iludir-se com relação ao valor pessoal, espiritual. Podem pensar que já atingiram significativa evolução e que merecem migrar para mundos mais adiantados. Correm o risco de acreditar nos elogios que alguns desavisados costumam prodigalizar de modo indevido ou exagerado.

Além das práticas mencionadas anteriormente (beneficência, prece, estudo), cumpre destacar a necessidade da prática da meditação e do auto-exame, como recomendado por Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos. Isto porque a auto crítica nos ajuda a mantermo-nos menos suscetíveis das inspirações nefastas do orgulho e da vaidade.

Reflexões em torno das próprias imperfeições e da lei da reencarnação nos ensinam que a maior parte dos trabalhadores da campanha do quilo e dos espíritas em geral, somos espíritos muito endividados com a Lei de Deus. Os trabalhos de divulgação do Evangelho explicados pelo Espírito da Verdade; a situação de trabalhadores do Consolador, nos foi permitida como misericórdia e não por mérito.

Mérito, que nos eleve, o mérito que precisamos ainda está longe de nós. Reportemo-nos ao relato de Allan Kardec de Szimel Slizgol em O Céu e o Inferno, no capítulo dedicado às Expiações Terrestres. Grande devedor espiritual, pediu uma vida de dedicação ao próximo em que praticou a campanha do quilo. Pedia publicamente na Lituania a quem tem para dar a quem não tem, durante décadas. Socorreu os necessitados, crianças e famílias pobres. Acabou aliviando a consciência e conquistando significativa alegria.


É assim o legionário do quilo: devedor, cujas dívidas serão resgatadas ao longo de algumas romagens terrestres, mas que possui alegria que brota do coração.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

União e força

Um dos dez mandamentos da campanha do quilo, preceitua:

"Não aceitar o "disse-que-disse", venha donde vier, para ter garantida a paz entre os irmãos"

Oportuno lembrar e relembrar esse ensinamento. Esse pensamento encontra-se formulado no Evangelho de Jesus em várias passagens, com outras palavras, por vezes aplicadas a situações específicas, como quando o Mestre lecionava: "Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem". Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, observamos no Capítulo 10:

" Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita,,,"

E a mensagem do grande Vicente de Paulo, espírito que desenvolveu nobilíssimas ações de caridade, em O Livro dos Médiuns, Capítulo XXXI - Dissertações Espíritas:

Mensagem X:

A união faz a força. Sede unidos, para serdes fortes.
O Espiritismo germinou, deitou raízes profundas. Vai estender por sobre a terra sua ramagem benfazeja. E preciso vos tomeis invulneráveis aos dardos envenenados da calúnia e da negra falange dos Espíritos ignorantes, egoístas e hipócritas. Para chegardes a isso, mister se faz que uma indulgência e uma tolerância recíprocas presidam às vossas relações; que os vossos defeitos passem despercebidos; que somente as vossas qualidades sejam notórias; que o facho da amizade santa vos funda, ilumine e aqueça os corações. Assim resistireis aos ataques impotentes do mal, como o rochedo inabalável à vaga furiosa.


São Vicente de Paulo.



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Campanha do Quilo: matéria jornalística

É com grande alegria que indicamos a reportagem da Rede Globo sobre a campanha do quilo.

Ontem foi divulgado pela televisão, esclarecimentos sobre a atividade luminosa da campanha do quilo:

Vejamos:

Campanha do Quilo na Rede Globo

Assistir uma bela reportagem como esta, traz bons fluidos, produz uma sensação de suavidade no coração. Só faz bem.








quinta-feira, 23 de outubro de 2014

CAMPANHA DO LAR CECI COSTA

Amigos, a campanha gigante anunciada teve a presença de 50 legionários. Estiveram presentes representantes de diversas instituições espíritas de Recife e Região Metropolitana. O ambiente das atividades foi invariavelmente fraterno. Aproximamo-nos de companheiros que conhecíamos um pouco de longe. Obtivemos arrecadação de quase setecentos reais e 277 kg de gêneros.

Firmamos compromissos de continuar as atividades. Quem desejar continuar ajudando o Lar via campanha do quilo deverá comparecer no próximo terceiro domingo de novembro dia 16, às 08:00 da manhã, horário de Recife.

Vamos continuar ajudando aquela casa de caridade. Há um motivo especial para nos aproximarmos mais do Ceci Costa: para lá, em 1945 foi realizada a primeira campanha do quilo em Recife.

Vamos dar as mãos e prosseguir prestando a ajuda necessária.

Abraço fraterno

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Campanha Gigante - LAR CECI COSTA.

Amigos e amigas, no próximo domingo realizaremos campanha do quilo em favor do Lar Ceci Costa. Do ponto de vista material e das necessidades da instituição essa campanha visa fortalecer e garantir a continuidade das ações de assistência daquela casa.

Do ponto de vista espiritual, há necessidade de divulgar a mensagem cristã - espírita. Em relação a cada um dos participantes, temos necessidade de exercitar o Bem, o amor ao próximo e a humildade.

Com certeza, teremos um clima de amizade, de confraternização. Apoiemos com dedicação essa nobre iniciativa.

A campanha terá início às 08h00 do próximo domingo, 12 de outubro na sede do Ceci Costa, à Av Prof Andrade Bezerra, 826 Salgadinho - Olinda PE.


As crianças amparadas pelo Ceci Costa, contam com sua participação.


sábado, 13 de setembro de 2014

Schweitzer no mundo espiritual

O filantropo alemão, que citamos em artigo anterior, ao mencionarmos a adesão ao pensamento reencarnacionista por seguidores de outras concepções filosófico-religiosas, têm enviado suas inspirações ao mundo terrestre. Procura estimular atividades benemerentes, que visem aliviar os sofrimentos, enxugar lágrimas, orientar, confortar.

Temos como certo que ele tem incentivado os encarnados para ajudar crianças, velhinhos, famílias fragilizadas, enfermos, etc.

Divaldo Pereira Franco, por exemplo ao psicografar o livro "Transição Planetária" ditado pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, noticia a ação dessa personagem elevada, na página 157. Eis o relato:

"Tomando conhecimento do nosso interesse em conhecer algumas obras de beneficência, para ampliar o nosso aprendizado, o amigo Aurélio indicou-nos uma Casa de amor dedicada ao repouso de pacientes saídos de hospitais, que antes ficavam ao desamparo, no difícil período da convalescença, principalmente aqueles que vinham de cidades interioranas para tratamentos
cirúrgicos. Dando-nos corretas informações, demandamos o abençoado lar, em edifício moderno de três pisos, com diversos setores de atendimento aos sofredores do caminho, assim como realizando atividades doutrinárias do Espiritismo.
Fomos recebidos, à entrada, por venerável benfeitor da Humanidade, que deixara na Terra uma obra incomum nas terras da antiga África equatorial francesa, e que também cooperava naquele ninho de amor."

Podemos concluir que prosseguimos no mundo espiritual na mesma situação moral que nos encontramos na Terra. Se ajudamos o próximo com amor e desinteresse, poderemos continuar no além servindo e ajudando em nome de Jesus.

Para os que não tiveram oportunidade de conhecer mais detalhes sobre o Schweitzer, vou relatar de memória um fato de li há anos, do livro “O Profeta das Selvas” de Hermann Hagedorn.

O Dr. Schweitzer havia deixado sua terra Natal, Alemanha, país que se destacava pelo progresso, segurança e conforto. Tinha acrescentado ao seu rico currículum o título de medico, exclusivamente para prestar serviços na África Equatorial Francesa, em Lambaréné no Gabão. Escolheu essa região por ser à época a mais desassistida do planeta, onde campeavam epidemias, inclusive de malária.

Certa feita o Dr. Schweitzer estava arrastando pesado tronco de árvore para construir um hospital em favor da população local. Observou um nativo vestido à moda européia, isto é, com terno e gravata. Dirigiu-se ao cidadão e pediu:

 – Por favor, pode me ajudar a deslocar esse tronco? Ao que o cidadão respondeu: Eu sou doutor, não faço esse tipo de trabalho (?!). Ao que Schweitzer redarguiu: eu tentei ser doutor, mas não levo jeito. Continuou a arrastar o pesado fardo com bom humor.

Schweitzer passou 52 anos, até sua morte - aos 92 anos -  trabalhando desinteressada e dedicadamente em favor dos habitantes da região.

domingo, 24 de agosto de 2014

A Campanha do Quilo sob o enfoque da doutrina da reencarnação - I


Alguns parecem pensar que a campanha do quilo é atividade para pessoas que atingiram certo grau evolutivo. Admitem que os legionários do quilo são pessoas que conquistaram virtudes como caridade, humildade e elevação espiritual.

Parecem pensar também que quem ainda abriga sentimentos egoísticos, acomodatícios ou outros inferiores, quais inveja, rancor não podem realizar a campanha. Entendem que o trabalhador da campanha já se libertou de semelhante situação, que são santos ou anjos.

A verdade, porém é diferente: a Campanha do Quilo não veio para os santos e anjos. Caso contrário só existiria em mundos elevados. A Campanha existe na terra como remédio para os males morais da nossa Humanidade.

O trabalhador do quilo, ou legionário, como queiram, é uma pessoa esclarecida a respeito da moral cristã e deseja levá-la para a prática.

Para entender melhor como a campanha constitui-se em um remédio para seres desejosos de curarem-se de imperfeições morais é preciso entender a lei de reencarnação.

Allan Kardec em O Livro dos Espíritos nos coloca na rota do que é reencarnação e de quais as provas filosóficas e morais da pluralidade das existências.

Os argumentos do mestre lionês são de fato fortíssimos; bastante conhecidos. Para os que não acessaram esses textos, recomendamos lerem com atenção o livro citado, principalmente no item 222 – Ensaio teórico da pluralidade das existências.

Além da argumentação de Kardec, podemos citar afirmações de um católico e de um protestante sobre o tema. Essas afirmações mostram que a lógica reencarnacionista extende-se muito além da comunidade espírita.

Senão vejamos:

O conhecido escritor Will Durand autor de livros sobre filosofia e história, escreveu sobre a doutrina indiana da reencarnação. Nesse texto, o autor apresenta argumentos prós e contras a reencarnação. Os argumentos contrários resumem-se a críticas a respeito da possibilidade de reencarnação do ser humano em corpos de animais e aos efeitos das ações presentes em futuras posições no sistema indiano de castas.

Portanto, a Doutrina Espírita não é atingida pelos argumentos contrários de Durand. Razoável, portanto reproduzir o texto sem os trechos críticos. Eis o resultado desta filtragem:

“Somos reencarnações de nossos ancestrais, e seremos reencarnados em nossos descendentes (…). O Carma (…) dava ao código moral uma extensão de aplicação muito maior e mais lógica do que em qualquer outra civilização.” Na teologia hindu, a alma (…) aceita o mal como passageira punição e vê no futuro tangíveis recompensas para a virtude.”

DURAND, Will – História da Civilização – Nossa Herança Oriental – Livro Segundo - A Índia e seus vizinhos” - pags. 346/347 – Editora Record - 2a Edição.


O teólogo protestante, filósofo, médico , músico alemão e contemplado com o Prêmio Nobel da Paz em 1954, Albert Schweitzer pronuncia-se de forma inequívoca a respeito da validade da doutrina reencarnacionista:

“A doutrina hinduísta (reencarnação – lei do carma) explica melhor a vida do que a nossa filosofia ocidental.”

Albert Schweitzer

Reencarnação, além de tudo isso, é a melhor teoria explicativa dos fenômenos de regressão da memória, das capacidades inatas, dos problemas sociais e patologias congênitas.

É um tema que deve ser considerado quando tratarmos de nós próprios e das nossas atividades.

Em outro artigo, se Deus permitir, concluiremos nossas reflexões sobre os legionários do quilo e a reencarnação.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

26ª SEMANA DO JOVEM ESPÍRITA DE PERNAMBUCO AGRADECE A TODAS AS INSTITUIÇÕES E OS PARTICIPANTES QUE COLABORARAM DIRETA E INDIRETAMENTE PARA O SUCESSO DO EVENTO

O jovem líder espírita Rodrigo Sales enviou-nos uma bela mensagem. Reproduzimos um trecho:


Queridos amigos e amigas, jovens luzes para o clarear do mundo, essa abençoada escola de todos nós. Nestes dias felizes em que Deus beijou o solo Pernambucano com a realização das atividades referentes à 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco ficamos observando o carinho e dedicação das instituições acolhedoras em proporcionar o melhor clima para todos os que até elas se dirigiam, a beleza dos inesquecíveis momentos artísticos que sensibilizaram os nossos corações e nos encheram de vontade de cantar a beleza de sermos eternos aprendizes da vida, o encanto e profundidade das lições que foram oferecidas pelos expositores das temáticas que iluminou as consciências de todos nós e nos chamou ao dever da ação.

E é sobre ação mesmo que viemos falar. Iniciamos nossas atividades numa manhã meigamente ensolarada de domingo. O inesquecível dia 20 de Julho de 2014, onde as nuvens dançavam nos céus de Pernambuco e permitiam que o clarão do astro rei pudesse acariciar a nossa alma enchendo-nos de esperança. Saíamos de nossos lares com o desejo de alcançar as pequeninas instituições de nossa nobre cidade Recife. E uns iam para o Cenáculo Espírita Casa de Maria, outros para o Centro Espírita Humberto de Campos, sorridentes jovens chegavam também ao Educandário Espírita Joana D’Arc, à Associação Espírita Templo da Criança, ao Centro Espírita Paulo de Tarso e outros se dirigiam até a Praça do Derby. Chegavam ansiosos, outros nervosos, tantos foram os que chegaram com a alegria estampada permanentemente no semblante, mas o importante: todos chegavam dispostos e dedicados ao serviço da luz.

E a luz realmente brilhou. Conta-nos o espírito de Djalma Montenegro de Farias que de cada agrupamento, pequenino no tamanho e grande no ideal de servir, saiam luzes que inundavam o céu do Estado. Foi um verdadeiro balé de luzes que só crescia à medida que os jovens batiam suas palmas e diziam: “É a Campanha do Quilo que pede uma ajuda em nome de Deus e em nome de Jesus”. As trevas cederam ao potencial do amor em ação. Grupos espirituais do plano superior da vida desceram e utilizando da sinfonia da prece em movimento que é a campanha do quilo iniciaram um gigantesco trabalho de socorro às zonas inferiores nas quais irmãos em retardo evolutivo ainda se limitavam a contemplar as paixões ilusórias do poder, do orgulho e do egoísmo.

Os céus de todo o Pernambuco, literalmente, toda a extensão pernambucana, foi banhada por uma luminescência tão grandiosa da qual proporcionou aos amigos da espiritualidade superior agir mais intensamente, sobretudo, nos círculos espirituais que trabalhavam contra o progresso da humanidade através dos jovens.

O nobre espírito amigo do movimento espírita Pernambuco aludiu ainda que é esse o verdadeiro caminho: A AÇÃO NO BEM. Sair das paredes dos Centros Espíritas e fazer que o Centro viva nos territórios onde a dor campeia e as escuridões instalam suas armas.
Somos luzes, queridos jovens, disse-nos Jesus afirmando nossa potencialidade divina. Buscamos a conquista da paz, entretanto ao forjá-la esquecemos de que o sacrifício norteará nossos passos.....

domingo, 17 de agosto de 2014

PRÁTICA OU TEORIA?


Há alguns raros espíritas que discordam da campanha do quilo. São, regra geral, companheiros que sentem-se entusiasmados pela parte teórica e doutrinária do Espiritismo, mas não conseguem enxergar a majestosa beleza da prática do Bem.

Sem dúvida o estudo do Espiritismo não é apenas necessário; é indispensável para o progresso, no que tange à aquisição de uma fé sólida: da fé raciocinada.

Somos favoráveis a estudos aprofundados realizados individualmente e a estudos em grupo realizados de forma fraterna, racional, aberta e respeitosa.

Mas, a nossa experiência indica que as tarefas beneméritas trazem um valor especial à prática espírita e mediúnica: uma vibração fraterna, assistência de espíritos amigos, que aprovam ações de ajuda aos sofredores.

Além disso, ações como passe, desobsessão e outras são tarefas assistenciais, em que agimos como intermediários e instrumentos dos espíritos amigos que praticam essas ações beneficentes.

Atuar na beneficência é, portanto, capacitarmo-nos para integrar grupos de espíritos socorristas no além, na espiritualidade.

Por outro lado, há espíritas dedicados a tarefas beneficentes que adotam uma postura crítica com relação aos outros espíritas que se limitam aos estudos da Doutrina. Nos surpreendem ao afirmarem que os estudos tem muito pouco valor e relação à ação beneficente.

Nós trabalhadores da campanha do quilo e de outras ações beneméritas precisamos nos conscientizar de que não nos compete avaliar o mérito de quem quer que seja. Necessário lembrarmos que estamos ensaiando os primeiros passos no caminho da evolução moral. Deus é o Supremo e Perfeito Juiz.

Estamos em demanda da Sabedoria, da Superioridade e posteriormente, da Perfeição. Para atingirmos um grau espiritual mais significativo é indispensável, além das tarefas de amor ao próximo, desenvolvermo-nos no conhecimento das Leis Divinas, pelo estudo e meditação e também no autoconhecimento, por meio das práticas indicadas por Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos.

Tais condições não ocorrem em uma reencarnação apenas e sim ao longo de diversas romagens nos dois planos da existência, enfrentando diversas tarefas, beneficentes, intelectuais, de comando, de obediência, de fama, de obscuridade, etc.

Portanto é necessário compreender que nem todos estão na presente experiência reencarnatória para cumprir tarefas semelhantes às nossas, que precisamos em primeiro lugar olhar para nós próprios antes de avaliarmos os nossos semelhantes e que todos estamos caminhando para a Perfeição muito distante e não sabemos em que posição cada um se encontra.

Concluímos que teoria e prática são indispensáveis e que há momentos em que há vidas que teorizamos e outras que praticamos, mas o ideal mesmo é associarmos teoria e prática na mesma reencarnação.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Abertura da Semana do Jovem Espírita

Atividade marcante na abertura da Semana do Jovem Espírita de Pernambuco foi a campanha do quilo, realizada por diversas instituições espírita. Os produtos não perecíveis arrecadados por esse grupo de campanhas do quilo, foi reunida na praça do Derby em Recife. Os jovens participantes dividiram a arrecadação em cestas básicas que foram encaminhadas às casas de caridade adrede selecionadas para receberem as doações.

A TV Globo registrou o acontecimento:

http://g1.globo.com/videos/pernambuco/t/todos-os-videos/v/semana-de-jovens-espiritas-de-pernambuco-reune-mais-de-200-pessoas/3510485/



domingo, 13 de julho de 2014

Continuidade da Campanha do Quilo


Há trabalhadores da campanha do quilo que além de se sentirem felizes por aliviar o sofrimento alheio, consideram, com acerto, a campanha como um compromisso. Dizem que para alcançar resultados mais significativos, é necessário que seja realizada repetida e frequentemente durante longos períodos. Alguns se afeiçoam de tal modo que só interrompem a atividade quando as forças físicas tornam-se absolutamente insuficientes.

Exemplo clássico do que dizemos foi legado pelo grande iniciador da Campanha do Quilo, Elias Sobreira. Quando o conhecemos, contava uns 70 anos de idade e não tinha mais saúde nem forças para suportar um saco de 10 ou 15 kg. Por isso, dedicava-se a realizar a campanha de pé, parado nas esquinas, quando estendia a mochila aos transeuntes e pedia para as internas da Casa dos Humildes.

Á medida que a idade avançava, afirmava que a atividade espírita que ele mais amava era a campanha do quilo. Perguntou-me várias vezes se havia campanha do quilo no mundo espiritual. Eu, apenas para confortá-lo de suas preocupações, respondia afirmativamente.

O tempo continuou avançando, e com ele a idade de Sobreira. As forças continuaram declinando, em pouco tempo não tinha mais condições de permanecer de pé. Com mais de 80 anos, decidiu continuar realizando a campanha; a partir de então, sentado em um banquinho. As rugas muito aparentes a ancianidade muito pronunciada e Sobreira (nesta época com a patente de Major da Aeronáutica), continuava realizando a campanha sentado. Só parou quando não tinha absolutamente mais forças para tal.

Ele não precisava de pedir para si ou para sua família. O salário que recebia era suficiente para sua manutenção e ainda para adquirir alimentos e distribuir fartamente para os pobres.

Outros trabalhadores nos oferecem exemplos semelhantes: Pedro Augusto (também militar da reserva da Aeronáutica), realiza campanhas por décadas a fio. Conheci o Pedro em 1976 no Núcleo Eespírita Auta de Souza; desde aqueles tempos, dedicado tarefeiro da campanha do quilo. Hoje, segundo relatos de amigos, Pedro encontra-se com as forças físicas declinantes; realiza a campanha de pé, encostado em uma parede por não ter energia para dispensar o apoio.

O que se pode concluir desses e de vários outros exemplos? Existem pessoas,  conhecedoras do Espiritismo, que perceberam a grande importância espiritual da Campanha do Quilo. Nesse mister, difunde-se a mensagem do Cristo - esclarecida pelo Espírito da Verdade -,  a Doutrina Espírita. Muitos são tocados por essa Luz, recuam dos males que eventualmente desejariam praticar e livram-se de dores por vezes muito grandes para si e seus familiares. Despertam para o Bem Infinito e, gratos a Deus, tornam-se mais felizes.

domingo, 29 de junho de 2014

Imortalidade e comunicação dos espíritos - Caridade e Humildade essa é a Lei

1869 – Allan Kardec partia para a pátria espiritual. Após legar a maior obra filosófica de todos os tempos, entregou o corpo à mãe Terra. Sim a maior obra filosófica de todos os tempos, porque reuniu em um corpo doutrinário, ciência, filosofia e religião; composto de contribuições das maiores personalidades que viveram na Terra e que haviam se destacado por seus talentos intelecto-morais. Essas personalidades espirituais além de terem animado os homens mais talentosos da História avançaram, além disso, em saber e moral na continuação da vida, no além túmulo.

Sua obra haverá de influenciar a cultura terrestre nos próximos séculos. À medida que tal for ocorrendo, o mundo avançará, a fraternidade legítima se fará presente; a loucura da guerra cederá lugar à cooperação entre os povos; a fome será extinta pela educação, pelo trabalho e pela solidariedade. As dores rudes serão amenizadas. O mundo alcançará, paulatinamente uma situação de felicidade.

Em 1870 pouco a pós a morte do mestre Allan Kardec, Willian Crookes havia decidido investigar as manifestações dos espíritos. Objetivava averiguar a autenticidade dos fenômenos. Em 1876 o grande cientista, físico e químico britânico, respeitado por suas realizações e descobertas declarou: Não digo que isso é possível, mas que isso é real.

A partir de então, significativo número de acadêmicos, cientistas, pesquisadores de renome realizaram suas observações, análises e publicaram grande quantidade de livros. Os fenômenos mediúnicos foram testados de várias formas. Submetidos a observações rigorosas a realidade dos fatos foi estabelecida, pode-se dizer, oficialmente. O estudo da ciência espírita penetrou pela porta da frente nos institutos científicos. Charles Richet procurou sistematizar o resultado de todos esses trabalhos. Observou que os métodos utilizados pelos colegas e por ele mesmo era o de certificar-se rigorosamente dos fatos. Não havia preocupação em acumular grandes quantidades de fatos para uso de métodos estatísticos. A ciência então nova (fundada por Richet) era antiestatística. O fato era o que importava. Para Richet contra fato não há argumentos. O fato bem estabelecido e confirmado.

Com Crookes, Richet e seus companheiros, fatos extraordinários puderam ser observados, como mensagens em línguas estrangeiras, desconhecidas dos médiuns, materializações, “interpenetração” da matéria, ruídos paranormais – raps, poltergeist, casas mal assombradas, etc.

Em 1930, Rhine foi nomeado diretor do laboratório de parapsicologia da Universidade de Duke. A partir dessa data foram utilizadas outras formas de abordagem do fato mediúnico e paranormal: a estatística e métodos numéricos. Tal metodologia adaptava-se a fenômenos mais simples, qual a telepatia e a precognição.

Por mais de um caminho a alma humana e os espíritos dos mortos se fizeram presentes. Os fatos foram irrecusavelmente confirmados e muitos dos investigadores se renderam à realidade da sobrevivência.

Os espíritos nos disseram como é o além túmulo. A grande mensagem foi enfaticamente repetida: Caridade e Humildade. Essa a grande Lei.

É preciso aliviar a dor dos nossos irmãos. É necessário descer do pedestal do comodismo. As grandes almas voltaram para conclamar: Amigos! Unamos as mãos, arregacemos as mangas – vamos ajudar incansavelmente, que venham as críticas e as ingratidões. Jesus nos dará vigor invencível.

Vamos empunhar uma saco às costas, uma mochila na mão e enfrentar a própria vaidade, tolo sentimento que desejaria eternizar as coisas passageiras!

Visitemos os enfermos, os famintos, os detentos, os esquecidos e marginalizados. Prodigalizemos conforto e instrução, alimento e consolo em nome de Jesus.

Trabalhemos para nós e para os nossos, sem esquecer que outros também são nossos irmãos e esperam que Deus os envie o reconforto. Sejamos nós os enviados do Altíssimo: pratiquemos a Caridade.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Instituição Espírita de Educação de Crianças estará presente na Fenearte

A Comunidade Espírita Elias Sobreira terá um stand na Fenearte - Feira Nacional de Negócios do Artesanato, entre os dias  02 a 12 de julho próximo, no Centro de Convenções de Pernambuco.

O Stand da Comunidade será localizado na Rua 18 estande "P1".

Haverá  produtos variados a preços também variados, dentre eles:

Sacolas em tecido (pintadas pelas crianças)
Tiara (confeccionadas por mães e adolescentes)
Vasos de cerâmica pintados
Garrafas pitadas e decoradas (material reciclado)
Caixas de MDF
Flor de jujubas ,
Livros de mensagens
DVd contendo mensagens do Evangelho Segundo o Espiritismo
Livros da Codificação, etc.

Participe.

Campanha do Quilo com jovens espíritas de Pernambuco

A Comissão Estadual de Espiritismo - CEE estará promovendo a Semana do Jovem Espírita. Dentre as ações integrantes do evento, destacamos uma Campanha com a participação de jovens espíritas de diversas instituições.

A Fraternidade do Quilo foi procurada pela CEE para transmitir orientações aos dirigentes e participantes da campanha.

Os jovens menores de 18 anos e maiores de 14 anos poderão participar da campanha, desde que autorizados pelos pais ou responsáveis.

A autorização será concedida por meio de preenchimento pelo pai ou responsável de formulário disponível no Blog da Semana do Jovem Espírita.

Um dos organizadores da campanha enviou uma mensagem que reproduzimos a seguir:

Amigos Legionários,

Segue, abaixo, o link com o formulário de inscrição para a Campanha do Quilo de 20 de julho. Na verdade trata-se da abertura da 26ª Semana do Jovem Espírita de Pernambuco - evento promovido anualmente pela Comissão Estadual de Espiritismo. Para os que desejarem participar de outros dias, além do domingo da Campanha, é só marcar no formulário.


 

domingo, 22 de junho de 2014

DEUS – A Justiça Perfeita é Plena de Misericórdia.

A ideia de um  Ser Superior a todas as coisas, detentor de maior poder do que a Humanidade, Criador e Justiceiro,  esteve presente em todos os lugares e em todos os tempos. Variações a respeito desse conceito são muitas, mas o sentimento de submissão que se deve ter por esse Ser ou esses seres, no caso do politeísmo, é muito persistente.

Da taba ao palácio, da selva ao templo, todos referem-se a esse ente supremo, e a visão, a forma de entender evolui com o avanço do espírito humano. De início deuses infernais, vingativos, cruéis, que exigiam vítimas para aplacar seus ciúmes e até seus ódios. Tratava-se de concepções próprias de seres ignorantes. O crescimento dos sentimentos, o refinamento gradual da civilização foi permitindo melhor compreensão dessas potências que vigiam as ações humanas e definem seus destinos.

Paulatinamente a concepção de instintos  sanguinolentos vinculados aos seres divinos, foi  cedendo lugar  à visão de um Deus que protege, ensina e liberta.

A evolução do pensamento é consequência da evolução dos espíritos que animam a Humanidade. A  percepção do Criador aperfeiçoa-se com a purificação das almas. Jesus, com muita propriedade revelou que os puros de coração verão a Deus.

O Espiritismo nos fornece a melhor e mais avançada descrição de Deus. “Inteligência Suprema, Causa primária de todas as coisas”. Nas palavras de Allan Kardec “Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.  Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e  imateriais.” - O Livro dos Espíritos – Introdução – item VI”

Essa mensagem de um Deus Justo sim, mas principalmente Bom e Amoroso é que a Campanha do Quilo divulga. O ensino é ministrado sem palavras; dirige-se o legionário aos lares e implora – Somos da Campanha do Quilo. Em nome de Jesus, ou em nome de Deus, pedimos uma doação para crianças e idosos necessitados!

Muitos podem discordar, argumentam que se ajudarem estarão criando acomodados. Outros dizem que não importa o quanto sofram as crianças abandonadas e filhos de pais que vivem em condições miseráveis. Se são assim é por causa de sua preguiça, por gastarem seus parcos recursos com drogas, álcool e cigarro. Concluem que não se deve ajudar a ninguém; que cada um faça por si apenas e todos os problemas estariam sanados. Deveriam agir como eles mesmos agiram; segundo afirmam, não têm problemas porque seguiram os caminhos do dever.

Mas esses que se jactam do êxito de suas vidas não deveriam esquecer-se que a bondade de Deus entrou radicalmente na formação de seus sucessos e que por uma decisão do Supremo Juiz ocorrem reviravoltas que lançam à pobreza famílias abastadas e com fortunas que pareciam solidamente fundamentadas.

Que seriam eles se nascessem entre os infelizes e viciosos? Entre os pobres, que se acotovelam em barracos à beira de canais de esgotos todos os dias? Que seriam eles sem escola e sem igreja? Sem o amor paterno ou materno, de um tio ou de uma tia. É bem verdade que nenhuma derrota, ou todas as derrotas juntas escusam o egoísmo, o vício ou a revolta, porque em última instância todos temos o amor divino que nunca falha.

Por isso mesmo é que devemos submeter-nos aos desígnios de Deus praticando o Bem.

O gesto de pedir a quem tem para dar a quem não tem traz em si muitos ensinos. Deus quer que distribuamos a misericórdia que Ele nos dispensa. Força física, saúde, inteligência, informações, conhecimentos, fé, recursos de todas as ordens são empréstimos que nos concede para multiplicarmos e utilizarmos para o progresso material e espiritual de todos.

Ajudar e educar os que precisam é missão de todos os filhos de Deus (que são todos os homens sem exceção). Mas essa missão será levada a bom termo apensas se efetuada com Amor e Misericórdia. Sem maiores rigores contra os defeitos alheios do que aqueles que aplicamos à auto corrigenda.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Comunidade Espírita Elias Sobreira


Dentre diversas oportunidades de produzir o Bem, chegou-nos um convite da Comunidade Espírita Elias Sobreira, entidade dedicada à educação de crianças.

 Eis como apresentou esse convite:

Prezados e Prezadas  colaboradores, bom dia!
Como é do conhecimento de todos,realizamos trabalho voluntário com crianças da área de risco social juntamente com seus familiares. A Instituição sobrevive de doações, e sempre contou e conta com a solidariedade de vocês. Estamos necessitando de mais pessoas associadas ao Projeto a Caminho do Futuro com a finalidade de podermos pagar um professor de músicas de preferência eruditas, como forma de beneficiar as crianças. Se conseguirmos 20 amigos ou mais que possam colaborar mensalmente com valor de R$ 40,00 a R$ 50,00, poderemos então contratar um professor. Já fomos ao conservatório por duas vezes, em busca de voluntários nesta área. O TEMPO está passando, precisamos melhorar a autoestima das pessoas que estão passando pela nossa vida, oferecendo-lhes o melhor de nós. Vamos juntos contribuir cada vez mais levando alegria e formando homens e mulheres de BEM! Convidemos os nossos amigos para chegarem mais perto afim de conhecer o nosso espaço. Reflitamos nisso!
Jesus nos abençoe!

Vera Lucia Gonçalves

Contatos:

Rua Dr. Machado, 882-A Campo Grande. Fica nas proximidades do Colégio Mário Melo.
contatos: 32422756/96617739 - Vera.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Zabelinha Ferraz




Por volta de 2002 eu estava trabalhando em Floresta, interior de Pernmbuco. A cidade, situa-se no encontro do rio Pajeú com o Riacho do Navio em uma região conhecida por cultivar canabis sativa; erva psicoativa ilícita.

Floresta era conhecida por relatos de violência entre seus habitantes. Duas famílias eram mencionadas como inimigas mortais, os Novaes e os Ferraz. Quando fui designado em 1999 para trabalhar na cidade como Agente de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, confesso que senti medo; uma sensação de enorme insegurança visitou meu coração. Poucos meses antes de eu assumir o novo posto de trabalho, haviam tirado a vida do prefeito de Floresta sem justificativa.

Contava-se que se, por alguma razão, houvesse uma ofensa considerada grave, a questão era resolvida à bala. Os assassinos, para escaparem da justiça, utilizavam motocicletas e aproveitavam a obrigatoriedade do uso de capacetes para anomimamente tirarem a vida de seus desafetos.

Eram muito frequentes os crimes. Nessa situação, o juiz local teria proibido o uso de capacetes para motociclistas (inversamente ao que prescreviam normas federais) para coibir os crimes. Uma situação de tensão ocorria quando algum motociclista trafegava com capacete – isso era interpretado como insubordinação ao juiz e presságio de atentados possivelmente mortais.

Estava presente em muitas mentalidades que a violência seria o caminho indicado para resolução de querelas fortes. Alguns até seriam capazes de matar por simples contrariedade.

Além disso, as famílias das vítimas tomavam a iniciativa de “fazer justiça” com as próprias mãos. Tomavam vingança e esta recaía sobre qualquer membro da família inimiga. Em épocas de assassínios, que, por força do costume de vindita, tornavam-se assassínios em série, o clima reinante era de terror.

Um belo dia enquanto caminhava pela praça principal de Floresta, uma diretora do Instituto Espírita Caetano Coimbra, que funcionava na cidade, convidou-me a conhecer “Tia Zabelinha”. Dona Isabel era uma senhora de estatura média, que aparentava pouco mais de 60 anos.

A senhora, ao apertar-me a mão perguntou: “Você é o rapaz espírita?”. Respondi afirmativamente. Em cidades de pequeno porte em que não havia grupos espíritas até ao final dos anos 1990, as pessoas sabem bastante sobre os forasteiros. Principalmente sobre costumes e crenças diferentes das adotadas no local.

Afirmou a recém apresentada que confiava na continuidade da vida e no reencontro com os entres queridos. Mencionou que perdera dois filhos vítimas de um atentado violento, resultante de intenção de desforra. O relato da morte dos filhos estava associada a uma fé na vida porvindoura. Fé de tal forma viva que beirava à felicidade. Os breves relatos e a expressão de esperança nesse reencontro acompanhado de expressões de felicidade (na verdade um prelibar de felicidade devido à certeza do fruir do amor maternal engrandecido e purificado).

As expressões eram totalmente isentas de rancor, ressentimento ou tristeza. Não sei o que pensei. Fiquei admirado, pasmo mesmo. Os sentimentos daquela mulher eram muito superiores à minha compreensão imadiata. Não sabia o que pensar, não estava entendendo.

Posteriormente, alguns conhecidos esclareceram.

Na praça principal, funcionava uma loja de eletrodomésticos de propriedade de Isabel Ferraz. Certa feita, seus filhos Aroldo e Romero encontravam-se trabalhando no estabelecimento. Um cidadão passava nas proximidades da loja, quando foi morto por um tiro. Não se sabia de onde havia partido o disparo. Alguns supunham que teria se originado da loja e que o autor seria um dos filhos de Dona Isabel.

Algum tempo depois, um grupo de homens encapuzados equipados com escopetas calibre 12 adentraram à loja e dispararam contra Aroldo e Romero. O resultado foi mortes imediatas e desfiguração dos rostos de ambos devido a abundância dos disparos.

Neste dia, a mãe das vítimas encontrava-se em Recife, quando recebeu a trágica notícia. Sua alma recebeu, obviamente, terríveis, penosos e inimagináveis abalos. Sua dor foi superlativa. Para nossa perplexidade, apesar de nascida e criada em um ambiente de violência e cuja mentalidade de justiça restringia-se à vingança desapiedada e inflexível, Dona Isabel tomou de um lápis, um papel, permaneceru de pé, e grafou, imediatamente:

Deus mais uma vez me tomou em suas mãos fazendo-me passar pelo fogo do sofrimento! Mas, não me queixo!... Só ELE, o grande Pai, sabe por que está me submetendo a este tratamento tão doloroso! Só ELE sabe do que preciso para meu crescimento espiritual! Eu confio no PAI! Eu me entrego totalmente ao tratamento que for necessário à minha alma, pois o nosso espírito tem que ser fortalecido e como nas doenças do corpo se torna muitas vezes necessário um tratamento rigoroso, assim também nossa parte espiritual se engrandece e se torna mais forte quando submetida a dores que nos parecem insuportáveis!

Maior, porém, do que esta dor, é a FÉ inabalável que tenho de que suportando-a com paz, sem revolta, sem abrigar no meu peito o mínimo desejo de vingança contra aqueles que cruelmente os roubaram o direito de viver é a certeza que tenho que Deus e Nossa Senhora os tomarão em suas mãos e perdoando suas faltas lhes dará o carinho, o amor, que transbordam do meu coração! Que vocês tenham almas gererosas que os ajudem a se desligar das coisas terrenas e enfim desfrutar da paz dos justos. Esta paz, que embora difícil, já podemos começar a sentir mesmo aqui na terra, quando aprendemos a perdoar aqueles que nos ofendem! Considero isto o principal requisito para começarmos a sentir um pouco de paz celestial, esta paz que eu desejo, vocês possam, num período breve, chegar a sentir.

Sua maezinha aqui estará atenta a tudo, não deixando passar as oportunidades que surgirem para oferecer pela paz dos seus espíritos. …..” Este texto foi publicado no DIÁRIO DE PERNAMBUCO em 31-agosto-1993.

Ao chegar à Floresta, D, Isabel reuniu a família e com uma grande autoridade moral proibiu vingança. Todos aquiesceram; todos seguiram o caminho do perdão.

Algum tempo depois, após a polícia já ter encerrado as buscas pelo assassino da primeira vítima (aquela vítima cujo assassinato levantou suspeitas contra Aroldo e Romero). Quando já tudo estava esquecido, um homem apresentou-se à polícia, certamente tomado de remossos profundos, e confessou que não foram Aroldo e Romero que tinham assassinado o transeunte e sim ele próprio . Tinha se acomodado em uma casa próxima, em um primeiro andar; a partir dessa posição, próxima à loja alvejara o homem.

D. Zabelinha como a chamavam os familiares tinha sentido a dor pela perda de dois filhos inocentes. A mesma dor que Maria de Nazaré sentiu ao contemplar as violências inauditas que cometeram contra o meigo Jesus.

Mesmo tendo experimentado o coração estraçalhado pela perda dos entes amados, nunca deixou de cumprimentar com um sorriso os suspeitos de haverem decretado a morte dos filhos.

Desejei retornar à Floresta para revê-la. Estive lá por duas vezes mas não avistei D. Izabel, a grande alma.

Soube hoje, que no final do ano de 2013, D Zabelinha voltou para a pátria espiritual. Com certeza um retorno triunfal ao mundo das causas. Foi premiada pelo reencontro com seus rebentos queridos.

Resta a nós legionários do quilo homenagea-la, seguindo seus exemplos de grandeza realizando a campanha na região onde morou e onde deixou muitos entres queridos.

Honra à Dona. Zabelinha.


Isoláquio Mustafa Filho

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Evangelho no Lar


Os trabalhadores da campanha do quilo são chamados a realizar outras tarefas beneméritas: visitas a enfermos, a presidiários, a famílias carentes, etc.

Dentre as tarefas que somos levados a realizar quase que com obrigatoriedade temos o culto evangélico no lar. Índispensável estabelecer pelo menos um dia em que a família esteja disponível para reunir-se em horário pré determinado. Por exemplo: Sábados das 20 às 20h30. Ou outro dia e horário. Nossa sugestão – 30 minutos, assim distribuídos:

Dois minutos – prece inicial
13 minutos – leitura e comntário de uma página psicografada por Francisco Cândido Xavier – uma mensagem de Emmanuel, de André Luiz ou de Meimei, Maria Dolores...
13 minutos para leitura e comentário de uma mensagem de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
2 minutos – prece final.

Uma atividade como esta embora singela tem efeitos muito importantes e salutares. Tende a agregar a família em um ambiente de Paz e compreensão. Incentiva o respeito e carinho entre os membros da família. Conduz-nos a refletir sobre as próprias ações e pensamentos sob a luz dos conceitos cristãos. Passa, com o tempo a fornecer boas energias para o trabalho socorrista dos bons espíritos.

Podemos colocar sobre a mesa um vasilhame com água que será fluidificada pelos amigos espirituais presentes. Após a reunião os participantes beberão dessa água. Trata-se de recurso calmante e terapêutico.

Os vizinhos, sem o saberem, também receberão os benefícios das energias salutares emitidas.

Após o evangelho, evitar ligar a televisão e conversações destrutivas. Procurar, cada um prosseguir em leituras edificantes. À noite, antes de recolher-se ao leito, cada um elevará novamente o pensamento aos céus rogando a assistência de Jesus para si, para a família e para toda a humanidade.

Podemos incentivar outras famílias à realização do evangelho no lar e eventualmente ir até suas residências implantar essa bendita tarefa.

sábado, 10 de maio de 2014

Coração Maternal



Mãe, que te recolhes no lar, atendendo à Divina Vontade, não fujas à renuncia que o mundo te reclama ao coração.

Recebeste no templo familiar o sublime mandato da vida.

Muitas vezes, ergueste cada manhã, com o suor do trabalho, e confiaste à noite, lendo a página branca das lagrimas que te emanam da alma ferida.

Quase sempre, a tua voz passa desprezada, com vazio rumor (em meio a)o alarido das discussões domestica, e as tuas mãos diligentes servem com sacrifício, sem que ninguém lhes assinale o cansaço...

Lá fora, os homens guerreiam, entre si, disputando a posse efêmera do ouro ou da fama, da evidencia ou da autoridade...Além, a mocidade , em muitas ocasiões,grita festivamente, buscando o mentiroso prazer do momento rápido...

Enquanto isso, medita(s) e esperas, na solidão da prece,com que te elevas ao Alto, rogando a felicidade daqueles de quem te fizeste o gênio guardião.

Quando o santo sobe às eminências do altar, ninguém te vê nas amarguras da base, e quando o herói passa, na rua, coroado de louros, ninguém se lembra de ti, na retaguarda de aflição.

Deste tudo e tudo ofereceste, entretanto, raros se recordam de que teus olhos jazem nevoados de pranto e de que padeces angustiosa fome de compreensão e carinho.

No entanto, continuas amando e ajudando, perdoando e servindo...

Se a ingratidão te relega à sombra na Terra, o Criador de tua milagrosa abnegação vela por ti dos Céus, através do olhar cintilante de milhões de estrelas.

Lembra-te de que Deus a fonte de todo o amor e de toda a sabedoria, é também o Grande Anônimo e o Grande Esquecido entre as criaturas.

Tudo passa no mundo...

ajuda e espera sempre.

Dia virá em que o Senhor, convertendo os braços da cruz de teus padecimentos em grandes asas de luz, transformará tua alma em astro divino a iluminar para sempre a rota daqueles que te propuseste socorrer.

Pelo Espírito Meimei

Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido XAVIER.

Do livro Cartas do Coração. Editora LAKE.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

SEMINÁRIO - DIRETRIZES DA CAMPANHA DO QUILO

Amigos e amigas, a Fraternidade Espírita da Campanha do Quilo está iniciando uma série de seminários e encontros para discutir diretizes da campanha do quilo.

Esses encontros representam oportunidades de entender melhor as orientações enviadas pelos mentores espirituais e estimular reflexões em torno das bases doutrinárias e evangélicas da campanha do quilo.

O produto desses encontros será uma proposta de reforma do Regimento Interno da Fraternidade a ser submetido à apreciação do Conselho Deliberativo.

No próximo mês de maio, haverá um seminário promovido em parceria com a Coordenadoria Regional de Afogados. Todos estão convidados.

Segue programação.




FRATERNIDADE ESPÍRITA DE CAMPANHA DO QUILO – REGIONAL AFOGADOS

LOCAL: Núcleo Espírita Bezerra de Menezes
Rua Vereador Sérgio Xavier, 153 – San Marin – Recife PE

18 de maio de 2014

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO

14:45
Encontro com a música
15:00
Abertura
15:00
Palestra com JOÃO ALBERTO VARELLA
16:00
Intervalo com lanche
16:20
Palestra com MANUEL BARREIROS
17:10
PERGUNTAS E RESPOSTAS ( ISOLÁQUIO E LUZINETE )
17:50
Encerramento


Composição da Mesa

Direção
DANIEL SILVA
PRECES
VERA LUCIA




sábado, 19 de abril de 2014

Há um século


Homenagem dos legionários do quilo ao lançamento de O Livro dos EspíritosDo ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra: 
Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do 
progresso,  porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da 
inteligência.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XXV – Item 2 

I 

Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, naquela triste manhã de abril de 1860, estava exausto, 
acabrunhado.  Fazia frio. 

Muito embora a consolidação da Sociedade Espírita de Paris e a promissora venda de livros, escasseava 
o dinheiro para a  obra gigantesca que os Espíritos Superiores lhe haviam colocado nas mãos. 

A pressão aumentava... 
Missivas sarcásticas avolumavam-se à mesa. Quando mais desalentado se mostrava, chega a paciente 
esposa, Madame Rivail – a doce Gaby –, a entregar-lhe certa encomenda, cuidadosamente apresentada. 

II 

O professor abriu o embrulho, encontrando uma carta singela. 
E leu: Sr. Allan Kardec: 
Respeitoso abraço. Com a minha gratidão, remeto-lhe o livro anexo, bem como a sua história, 
rogando-lhe, antes de tudo, prosseguir em suas tarefas de esclarecimento da Humanidade, pois 
tenho fortes razões para isso. 

Sou encadernador desde a meninice, trabalhando em grande casa desta capital.  Há cerca de dois 
anos casei-me com aquela que se revelou minha companheira ideal.Nossa vida corria normalmente e
tudo era alegria e esperança, quando, no início deste ano, de modo inesperado, minha Antoinette
partiu desta vida,  levada por sorrateira moléstia. 

Meu desespero foi indescritível e julguei-me condenado ao desamparo extremo. 
Sem confiança em Deus, sentindo as necessidades do homem do mundo e vivendo com as dúvidas 
aflitivas de nosso século, resolvera seguir o caminho de tantos outros, ante a fatalidade... 

A prova da separação vencera-me, e eu não passava, agora, de trapo humano. Faltava ao trabalho e 
meu chefe,reto e ríspido, ameaçava-me com a dispensa. Minhas forças fugiam. 

Namorara diversas vezes o Sena e acabei planeando o suicídio. Seria fácil, não sei nadar” – pensava. 
Sucediam-se noites de insônia e dias de angústia. Em madrugada fria, quando as preocupações e o 
desânimo me dominaram mais fortemente, busquei a Ponte Marie. Olhei em torno, contemplando a 
corrente... E, ao fixar a mão direita para atirar-me, toquei um objeto algo molhado que se deslocou da
amurada, caindo-me aos pés.  Surpreendido, distingui um livro que o orvalho umedecera. Tomei o
volume nas mãos e, procurando a luz mortiça de poste vizinho, pude ler, logo no frontispício, entre 
irritado e curioso: Esta obra salvou-me a vida. Leia-a com atenção e tenha bom proveito. – A. Laurent.” 

Estupefato, li a obra O Livro dos Espíritos, ao qual acrescentei breve mensagem, volume esse que 
passo  às suas mãos  abnegadas, autorizando o distinto amigo a fazer dele o que lhe aprouver.” 

Ainda constavam da mensagem agradecimentos finais, a assinatura, a data e o endereço do remetente. 

O Codificador desempacotou, então, um exemplar de O Livro dos Espíritos ricamente encadernado, 
em cuja capa viu as iniciais do seu pseudônimo e na página do frontispício, levemente manchada, leu 
com emoção não somente a observação a que o missivista se referira, mas também outra, em letra 
firme: Salvou-me também. Deus abençoe as almas que cooperaram em sua publicação. – Joseph Perrier.” 

III 

Após a leitura da carta providencial, o Professor Rivail experimentou nova luz a banhá-lo por dentro... 

Conchegando o livro ao peito, raciocinava, não mais em termos de desânimo ou sofrimento, mas sim 
na pauta de radiosa  esperança. Era preciso continuar, desculpar as injúrias, abraçar o sacrifício e 
desconhecer as pedradas... 

Diante de seu espírito turbilhonava o mundo necessitado de renovação e consolo. 
Allan Kardec levantou-se da velha poltrona, abriu a janela à sua frente, contemplando a via pública,
 onde passavam  operários e mulheres do povo, crianças e velhinhos... 
O notável obreiro da Grande Revelação respirou a longos haustos e, antes de retomar a caneta para 
o serviço costumeiro, levou o lenço aos olhos e limpou uma lágrima... 

Hilário Silva 
(Espírito)

Do livro O Espírito da Verdade – psicografado por Francisco Cândido Xavier – Edição FEB.

domingo, 13 de abril de 2014

Campanha de hoje


Hoje realizamos mais uma campanha do quilo em favor de uma creche. O trabalho consistiu em pedir de porta em porta no bairro de Campo Grande em Recife. A população daquele bairro sempre mostrou boa vontade, receptividade aos trabalhadores da campanha. No dia de hoje não foi diferente – simpatia e disposição em colaborar. Se as pessoas não podiam colaborar tinha a gentileza de justificar e declarar que na próxima oportunidade ajudariam à creche. Feijao, arroz, macarrão, uma moeda... as doações são importantes para a manutenção da instituição.

Durante a reunião preparatória, o dirigente declarou que cada campanha é diferente das precedentes, sempre aprendemos alguma coisa do Evangelho, dos preceitos espirituais. O dirigente alertou para o fato de nós, apesar de não usufruirmos das doações materiais, recebemos, benefícios espirituais, bênçãos do mais alto, recursos morais para desobsessão individual e coletiva. Em outras palavras, nós somos os mais necessitados da campanha e, ao mesmo tempo, os mais beneficiados.

Algumas pessoas abordadas solicitaram preces para si ou para parentes necessitados ou enfermos. Ao final da campanha, fizemos preces para quem as solicitou e rogamos a Deus por nós, pelos nossos parentes, colegas, vizinhos e até para os que desgostam de nós, encarnados e desencarnados.

Um dos presentes, disse que reencontrou antigo desafeto; este ao vê-lo disse: como pode ser, você nessa situação... E ao mesmo tempo abraçou-o. Gesto fraterno que foi correspondido. O interpelado explicou o que é a campanha. E a reconciliação efetivou-se sem mais delongas. Os motivos de antagonismo foram superados.

Por fim, surpreendeu-nos o número de participantes. Há alguns anos, que o número de trabalhadores da campanha situava-se cronicamente abaixo de 10 participantes. Nós procuramos fazer divulgação dessa campanha, no próprio cenáculo nas reuniões públicas e em instituições próximas. Convidamos as pessoas por telefone e por e-mail. Durante vários meses, enviamos mensagens a pessoas que não comparecem, outros comparecem por algum tempo e desistem.

Hoje, porém, tivemos a grande safisfação de ver desessete pessoas unidas no ideal cristão de ajudar a crianças carentes e suas famílias. Quinze homens, um deles com a idade de 14 anos e duas senhoras – todos de boa vontade. Compreendemos que a campanha funciona como um campo; nós realizamos a campanha, divulgamos, convidados as pessoas, enfim semeamos a semente – Deus, porém, no tempo certo, dá a colheita.