Anda a Fortuna por uma praça,
Fala à Ventura com riso irmão,
E mais adiante topa a Desgraça,
E altiva e rude lhe esconde a mão.
Vaidosa e bela, dá preferência
Ao torpe egoísmo acomodatício,
E entre as virtudes, na existência,
Escolhe sempre flores do vício.
E assim prossegue na desmarcada
Carreira louca do vão prazer,
Como perdida, e já sepultada,
No esquecimento do próprio ser.
Depois, cansada e já comovida,
Quando só pede luz e amor,
Acorre à Morte por dar-lhe a Vida,
E vem a Vida por dar-lhe a Dor.
João de Deus - espírito
Página psicografa por F. C. Xavier - do livro Parnaso de Além Túmulo - Edição FEB.
Destina-se a divulgar a filosofia e o movimento da campanha do quilo.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Espaço do legionário
PEQUENINO
SER
VI
UM PEQUENINO SER
SEUS
OLHOS SONHAVAM
SUA
ALMA GRITAVA
A
SOLIDÃO, O QUE FAZER?
POBRE
CRIANÇA!
VIOLENTADA
PELA VIDA
PROFUNDAMENTE
DESILUDIDA
A
DOR LHE PERSEGUIA.
CLARA
É A REALIDADE DO SEU SER
SOZINHA,ABATIDA,NADA
PARA COMER.
SUA
ALMA IMPLORA,ME AJUDEM!
EU
SÓ QUERO UM POUCO DE ATENÇÃO
UM
PEDAÇO DE PÃO!
SINTO
FRIO! QUEM ME AQUECE É O CHÃO.
UM
ESPÍRITO AMIGO
Contribuição: Joana
Darque – Escola Espírita Pedro Carneiro
domingo, 2 de setembro de 2012
Salvani e Slizgol
Esse artigo foi escrito para marcar a centésima postagem do Blog da Campanha do Quilo. Procura fazer um paralelo entre dois episódios históricos das campanha do quilo.
O primeiro episódio ocorreu na antiga Itália, na época de Dante Alighieri. O segundo em Vilnius ou, como nós e os franceses a denominamos: Vilna, na Lithuânia (um dos países bálticos, situado na Europa Oriental), na época de Allan Kardec.
O trabalho de Dante, A Divina Comédia, marcou o pensamento de vários séculos na cultura ocidental, e contribuiu para a evolução de diversos povos. Esse trabalho relata as visitas que Dante empreendeu no mundo espiritual a regiões de punição, de reeducação e de felicidade. Na companhia do poeta latino Virgílio, percorreu ambientes no pós morte que denominou "Inferno" e "Purgatório".
Visitou também o "Paraíso", não mais em companhia de Virgílio, tendo em conta que este último era pagão e, segundo a tradição católica, os pagãos não poderiam acessar as regiões celestiais.
Nessa visita, Dante foi guiado por Beatriz uma jovem cristã, falecida ainda jovem, que na terra havia sido o amor da vida de Dante.
Em sua passagem pelo Purgatório, Dante reconheceu Provenzan Salvani, o orgulhoso chefe dos gibelinos de Siena que, após a batalha de Montaperti propôs a destruição de Florença. Entretanto o nobre vencedor também havia voluntariamente se submetido a pedir ajuda as passantes na praça de Siena do Século XIV para libertar um amigo da prisão onde os guelfos o haviam metido. Carlos d'Anjou, pela libertação, exigiu uma fiança de dez mil florins. Recursos que Salvani não possuía. Eis segundo citação de Antonio Alves o registro contido na Divina Comédia:
Nos próximos séculos, o livro que marcará a nova era dos estudos das penas e recompensas, tanto no pós morte como na vida atual, será "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec. Nesta obra valiosíssima, a humanidade receberá os necessários esclarecimentos sobre os mecanismos da Lei Divina sobre este tema palpitante.
Refere-se Kardec a um judeu-lituano, que viveu no Séc. XIX. Após sua morte, em 1865, o personagem referido informou em comunicação mediúnica na Sociedade Espírita de Paris, que em tempos remotos, havia sido um soberano que governava tiranicamente, como um algoz. Dotado de caráter avaro, sensual e violento, abusava do poder para subjugar os fracos. Subordinava empregos, trabalhos e dores a serviço das próprias paixões.
Cobrava uma uma dízima até mesmo do produto da mendicância.
Segundo suas próprias palavras: "...fui tudo quanto se pode imaginar de mais cruel, em relação ao sofrimento e à miséria alheia. "
Naquela experiência reencarnatória, ao final da vida, experimentou sofrimentos horrorosos e no mundo espiritual, precisou sofrer durante trezentos e cinquenta anos para entender que a vida deve ser aplicada na prática do Bem.
Após arrepender-se profundamente, orou humildemente ao Pai Eterno e pediu que obtivesse nova oportunidade para vivenciar em si próprio os sofrimentos infligidos ao próximo.
Cedo experimentou a orfandade, viveu sozinho, sem amor, sem afeições, suportou brutalidades, que no passado havia imposto aos outros. Passou a ajudar o próximo, inclusive com sacrifício das próprias necessidades.
Kardec descreveu, nos seguintes termos a mais recente encarnação de Szimel Slizgol:
"Este não passou de um pobre israelita de Vilna, falecido em maio de 1865. Durante 30 anos mendigou com uma salva nas mãos. Por toda a cidade era bem conhecida aquela voz que dizia: “Lembrai-vos dos pobres, das viúvas e dos órfãos!” Por essa longa peregrinação Slizgol havia juntado 90.000 rublos, não guardando, porém, para si um só copeque. Aliviava e curava os enfermos; pagava o ensino de crianças pobres; distribuía aos necessitados a comida que lhe davam. A noite, destinava-a ele ao preparo do rapé, que vendia a fim de prover às suas necessidades, e o que lhe sobrava era dos pobres. Foi só no mundo, e no entanto o seu enterro teve o acompanhamento de grande parte da população de Vilna, cujos armazéns cerraram as portas."
As primeiras palavras da comunicação de Slizgol foram:
" Excessivamente feliz, chegado, enfim, à plenitude do que mais ambicionava e bem caro paguei, aqui estou, entre vós, desde o cair da noite.
Agradecido, pelo interesse que vos desperta o Espírito do pobre mendigo, que, com
satisfação, vai procurar responder às vossas perguntas."
Entre tantas lições desta comunicação, destacamos:
"A pressão moral exercida pela prática do bem, sobre a Humanidade, é tal que, por mais materializada que esta seja, inclina-se sempre, venera o bem, a despeito da sua tendência para o mal."
(As citações de O Céu e o Inferno são da 60 ª Edição Editora FEB - tradução de Manoel Quintão)
O primeiro episódio ocorreu na antiga Itália, na época de Dante Alighieri. O segundo em Vilnius ou, como nós e os franceses a denominamos: Vilna, na Lithuânia (um dos países bálticos, situado na Europa Oriental), na época de Allan Kardec.
O trabalho de Dante, A Divina Comédia, marcou o pensamento de vários séculos na cultura ocidental, e contribuiu para a evolução de diversos povos. Esse trabalho relata as visitas que Dante empreendeu no mundo espiritual a regiões de punição, de reeducação e de felicidade. Na companhia do poeta latino Virgílio, percorreu ambientes no pós morte que denominou "Inferno" e "Purgatório".
Visitou também o "Paraíso", não mais em companhia de Virgílio, tendo em conta que este último era pagão e, segundo a tradição católica, os pagãos não poderiam acessar as regiões celestiais.
Nessa visita, Dante foi guiado por Beatriz uma jovem cristã, falecida ainda jovem, que na terra havia sido o amor da vida de Dante.
Em sua passagem pelo Purgatório, Dante reconheceu Provenzan Salvani, o orgulhoso chefe dos gibelinos de Siena que, após a batalha de Montaperti propôs a destruição de Florença. Entretanto o nobre vencedor também havia voluntariamente se submetido a pedir ajuda as passantes na praça de Siena do Século XIV para libertar um amigo da prisão onde os guelfos o haviam metido. Carlos d'Anjou, pela libertação, exigiu uma fiança de dez mil florins. Recursos que Salvani não possuía. Eis segundo citação de Antonio Alves o registro contido na Divina Comédia:
(
A Divina Comédia - 1304 à 1321) Canto XI- Os Orgulhosos :Espíritos de Omberto
, Oderisi
e Salvani.
Provenzano Salvani,
teve a pena reduzida apesar dos erros e soberba por ter pedido esmola para tirar o
amigo da prisão: - Quando ele estava no seu apogeu - disse Oderisi
- ele se humilhou por um amigo, que cumpria pena na cadeia de Carlos de Anjou.
Colocando de lado toda a vergonha para resgatar o amigo da prisão, ele pediu
esmolas aos que passavam na praça de Siena. Foi esse ato que o libertou da
espera.
Pode-se apreciar na obra "Grandes Personagens da História Universal" da Editora Abril Cultural uma tela do pintor Amós Cassioli - Pal. Comunal de Siena, retratando a mendicância de Salvani.Nos próximos séculos, o livro que marcará a nova era dos estudos das penas e recompensas, tanto no pós morte como na vida atual, será "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec. Nesta obra valiosíssima, a humanidade receberá os necessários esclarecimentos sobre os mecanismos da Lei Divina sobre este tema palpitante.
Refere-se Kardec a um judeu-lituano, que viveu no Séc. XIX. Após sua morte, em 1865, o personagem referido informou em comunicação mediúnica na Sociedade Espírita de Paris, que em tempos remotos, havia sido um soberano que governava tiranicamente, como um algoz. Dotado de caráter avaro, sensual e violento, abusava do poder para subjugar os fracos. Subordinava empregos, trabalhos e dores a serviço das próprias paixões.
Cobrava uma uma dízima até mesmo do produto da mendicância.
Segundo suas próprias palavras: "...fui tudo quanto se pode imaginar de mais cruel, em relação ao sofrimento e à miséria alheia. "
Naquela experiência reencarnatória, ao final da vida, experimentou sofrimentos horrorosos e no mundo espiritual, precisou sofrer durante trezentos e cinquenta anos para entender que a vida deve ser aplicada na prática do Bem.
Após arrepender-se profundamente, orou humildemente ao Pai Eterno e pediu que obtivesse nova oportunidade para vivenciar em si próprio os sofrimentos infligidos ao próximo.
Cedo experimentou a orfandade, viveu sozinho, sem amor, sem afeições, suportou brutalidades, que no passado havia imposto aos outros. Passou a ajudar o próximo, inclusive com sacrifício das próprias necessidades.
Kardec descreveu, nos seguintes termos a mais recente encarnação de Szimel Slizgol:
"Este não passou de um pobre israelita de Vilna, falecido em maio de 1865. Durante 30 anos mendigou com uma salva nas mãos. Por toda a cidade era bem conhecida aquela voz que dizia: “Lembrai-vos dos pobres, das viúvas e dos órfãos!” Por essa longa peregrinação Slizgol havia juntado 90.000 rublos, não guardando, porém, para si um só copeque. Aliviava e curava os enfermos; pagava o ensino de crianças pobres; distribuía aos necessitados a comida que lhe davam. A noite, destinava-a ele ao preparo do rapé, que vendia a fim de prover às suas necessidades, e o que lhe sobrava era dos pobres. Foi só no mundo, e no entanto o seu enterro teve o acompanhamento de grande parte da população de Vilna, cujos armazéns cerraram as portas."
As primeiras palavras da comunicação de Slizgol foram:
" Excessivamente feliz, chegado, enfim, à plenitude do que mais ambicionava e bem caro paguei, aqui estou, entre vós, desde o cair da noite.
Agradecido, pelo interesse que vos desperta o Espírito do pobre mendigo, que, com
satisfação, vai procurar responder às vossas perguntas."
Entre tantas lições desta comunicação, destacamos:
"A pressão moral exercida pela prática do bem, sobre a Humanidade, é tal que, por mais materializada que esta seja, inclina-se sempre, venera o bem, a despeito da sua tendência para o mal."
(As citações de O Céu e o Inferno são da 60 ª Edição Editora FEB - tradução de Manoel Quintão)
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