sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sobreira presente a uma festa de final de ano


Tarefa de praxe entre nós, legionários do quilo é divulgar a Doutrina Espírita e o Evangelho de Nosso Senhor e Mestre Jesus.

Há vinte dias, aproximadamante, proferia uma palestra sobre a Doutrina Espírita, a Senhora V. G. encontrava-se na mesa; era a responsável pela prece.

Enquanto eu falava observei algumas movimentos algo emotivos da Sra. V. Ao encerrar a reunião, explicou:

Enquanto você falava, voltava à memória fatos que observei em minha juventude com Elias Sobreira:

Residia em São José do Belmonte, onde Sobreira tinha vários parentes. Algumas senhoras ante a expectativa da visita de Sobreira, mostravam-se preocupadas e algo sobresaltadas.

Quando o fundador da Campanha do Quilo chegou na cidade procurou sem detença realizar uma ação de benemerência. Identificou um grupo de pessoas pobres, providenciou um lanche, estacionou em uma praça, diante de uma farmácia, reuniu os necessitados, proferiu uma prece à Jesus e iniciou distribuição de lanches.

As pessoas mais conservadoras comentavam, "Ave Maria, meu Deus lá vem um espírita, olha o que faz o Elias..."

Em outra ocasião, em uma noite de final de ano, reuniam-se personalidades de destaque social, políticos da região e desenbargadores. Alguns eram parentes do Elias Sobeira. A situação de sobressalto permanecia: havia quem comentasse: Elias vai comparecer, ai meu Deus alguma coisa vai acontecer....

De fato, quando todos estavam reunidos, Sobreira presente, prestes a inciar o consumo do alimento, Sobreira declarou: antes do jantar, vamos fazer uma prece. Proferiu uma prece e todos então puderam iniciar o consumo do banquete.

Mas as preocupações não cessaram. Será que haverá mais um impacto? Sobreira retirou do bolso uma mochila, mostrou-a aos circunstantes e lançou um apelo: Estamos realizando obras beneméritas, aqui todos podem contribuir. O choque cultural foi significativo.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Campanha do quilo e desintoxicação do espírito


“De cada vez que praticamos uma boa ação, um ato generoso, uma obra de caridade, de dedicação, a cada sacrifício do “eu”, não sentimos uma espécie de dilatação interior? Alguma coisa parece expandir-se em nós; uma chama acende-se ou aviva-se nas profundezas do ser.
Essa sensação não é ilusória. O Espírito ilumina-se a cada pensamento altruísta, a cada impulso de solidariedade e de amor puro. Se esses pensamentos e atos se repetem, se multiplicam, se acumulam, o homem acha-se como que transformado ao sair de sua existência terrestre; a alma e seu invólucro fluídico terão adquirido um poder de radiação mais intenso.”
DENIS, Léon – O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Cap XIX -  A Lei dos Destinos - Edição FEB.


Certa feita, após realizar a campanha do quilo um amigo me disse: Submeti-me a um tratamento de desintoxicação. Podemos afirmar com Léon Denis, o poeta filósofo e o mais atuante continuador de Allan Kardec na Europa do final do Século XIX, que a sensação do nosso amigo não foi ilusória.

Ainda, em nosso estado evolutivo, quando nos vemos em certos ambientes, ouvindo determinadas conversações destrutivas, sensuais, violentas, caluniosas, que desmerecem pessoas ausentes, e outras da espécie; quando atuamos com egoísmo com orgulho, humilhando os mais fracos ou simplesmente quando somos descortezes com o próximo, atraímos energias deletérias, malsãs que permanecem agregadas ao perispírito. Tais energias, se não forem substituídas pelas vibrações equilibradas do bem, se não reagirmos com determinação acabam por provocar a sensação de tristeza, desanimo e podem mesmo causar doenças.

Os remédios para tal estado de coisas é a auto educação moral. Aquela que nos leva a adquirir hábitos, costumes melhores. A oração, o estudo e a meditação em torno de temas elevados, a alegria sã, respeitosa, a prática da caridade acima de tudo são antidotos ao mal e vão purificando nossa alma nosso eu.

Uma campanha do quilo, de fato nos dá a sensação de leveza e de alegria interior, campanhas repetidas frequentemente, uma vez, duas, tres, quatro, cinco, ou até mais por mês vão consolidando essa sensação. Em uma palavra, nos desintoxicam.

As consequencias na limpeza e da saúde da alma é que nos predispõe ao perdão, vão nos livrando do sentimento patológico da mágoa e do rancor. Com o tempo o legionário do quilo passa a não sentir mais raiva ou qualquer sentimento de vigança.

O espírito ganha um grau de vibração que se alguém o ofender, o legionário passa a ter piedade do ofensor. Ou seja, a alma está significativamente desintoxicada.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Mensagem espírita cristã nos lares

Por volta de março-abril de 1978 viajamos Antonio Alves de Sá Sobrinho e eu (Isoláquio) para visitar algumas instituições espíritas, no Rio em Minas Gerais, no Paraná e em São Paulo.

Um dos nossos objetivos era manter contato com gráficas que imprimissem mensagens espíritas e que eventualmente pudessem abastecer as atividades da campanha do quilo em Recife.

Estávamos ainda no início do bom constume de distribuir mensagens no decorrer da campanha. Algumas instituições imprimiam suas próprias mensagens, mas outras ainda tinham dificuldades em obtê-las.

Em Mirassol,  Interior de São Paulo residia uma dupla de espíritas - Osvaldo Cordeiro e Adelino da Silveira, que distribuíam mensagens para todo o Brasil. Fomos até Mirassol.

Pernanecemos uns dois dias em companhia dos amigos antes de retornar. Procurávamos trocar idéias sobre organização de instituições espíritas, melhores médotos de estudo e trabalho.

Conhecemos os médotos de distribuição de mensagens (a maior parte das, se não todas, mensagens que distribuíam eram provenientes da mediunidade de FC Xavier, de quem eram amigos pessoais). Mostravam-nos com entusiasmo como oferecer discretamente tais mensagens aos interlocutores, atendentes de lojas, cobradores de ônibus e vez por outra, algum transeunte.

Certa feita, dirigimo-nos para rodoviária e o Osvaldo ofereceu uma mensagem a um funcionário da empresa de ônibus. Ato continuo perguntou como eram nossos trabalhos de campanha do quilo e como eram distribuídas as mensagens. Explicámos que a campanha consistia em pedir de porta em porta gêneros de primeira necessidade e dinheiro para manutenção de orfanatos e abrigos de idosos.

Insistiu o Osvaldo e como é a distribuição das mensagens. Descrevemos que após o pedido de colaboração, independentemente de o interlocutor haver contribuído ou não ofereciamos a mensagem.

O Osvaldo entre admirado e perplexo, no bom sentido, perguntou: Vocês distribuem as mensagens nos lares!...

Aquela admiração comunicou uma verdade sábia: o lar é a base da formação moral e intelectual do ser humano na terra é o melhor e mais eficiente educandário. Divulgar o bem, o amor a mensagem imortalista no lar é um grande e valioso serviço.
...
Fatos que observamos posteriormente na campanha do quilo nos comprovaram que a campanha é um canal imensamente eficaz de divulgação do  Espiritismo Cristão nos lares, nas lojas, nos supermercados, nos antros de viciação e de crime, nos prostíbulos.... A Luz de Jesus penetra por toda a parte!
Vale a pena realizar a Campanha do Quilo!





quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ÚLTIMA MENSAGEM DO IRMÃO SOBREIRA PARA OS LEGIONÁRIOS DO QUILO

Meus mui amados legionários do quilo!
 Meus votos de união e amor, esperança e fé com Jesus.
 Não se esqueça de que, o saco de padaria carregado no ombro,
 representa a cruz que o Mestre carregou.
 A mochila na mão pedindo a qualquer transeunte na rua
 ou em qualquer outro lugar, representa a coroa de espinho.
 Oh!...Meus irmãos
 Pelo amor de Jesus, façam o programa da Campanha do Quilo,
 de maneira que coloque este saco no ombro, esta mochila na mão
 atendendo ao Mestre do Calvário, pelo amor que Ele tem a nós.
 E fiquem certos. Se nós permanecermos fiéis a este programa:
 saco no ombro e mochila na mão, o saco e a mochila, esmagarão o orgulho soberbo.
 Vaidade tola e o egoísmo tacanho. Ficaremos simples como Jesus quer;
 Como um passarinho a compreender a obra Santa D'Ele.

 Mensagem transmitida por Elias Sobreira às 10:17h no dia 17/02/2003 durante sua internação no Hospital da Aeronáutica do Recife, semanas antes de seu desencarne em 31 de março de 2003.

sábado, 2 de novembro de 2013

Missão dos Espíritas

Ó verdadeiros adeptos do Espiritismo!... sois os escolhidos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis. Ide e pregai.
(…)
Que importam as emboscadas que vos armem pelo caminho! Somente lobos caem em armadilhas para lobos, porquanto o pastor saberá defender suas ovelhas das fogueiras imoladoras.
Erasto - Paris 1863 – KARDEC, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Edição FEB

Em maio de 1977 após assumir a presidência executiva da Escola do Quilo, visitamos diversas instituições espíritas e convidamos trabalhadores mais dedicados e assíduos na campanha do quilo para compor a diretoria. Selecionei, em princípio jovens estudiosos do Espiritismo; adicionalmente aceitei indicações. Diretoria formada, reunimo-nos para traçar planos de trabalho.

Naquela época, participávamos da campanha na Casa dos Humildes em companhia de Elias Sobreira. Quando terminávamos a atividade, nas ruas, o conhecido amigo de Sobreira e também pioneiro da campanha, João Rodrigues da Costa chegava com uma kombi para conduzir o produto da arrecadação à Casa dos Humildes que é um lar de idosas.

João Rodrigues solicitou que eu comparecesse a uma reunião de mediunidade no Núcleo Espírita Centelha de Jesus porque havia um orientador espiritual que desejava transmitir uma mensagem.

Em uma segunda feira compareci ao Centelha. Casa cheia, vibrações espirituais harmoniosas pairavam no ar. Muita gente estava na instituição em busca de conforto para suas aflições. Como nos tempos de Jesus homens, mulheres, jovens, ricos e pobres,,,,, todos aportavam à casa espírita confiantes nos recursos do consolador.

Convidado, adentrei a uma cabine onde se encontrava em transe o João Rodrigues. O espírito saudou-me com palavras fraternas. Perguntou como estava a Escola do Quilo. Respondi que estava bem (na verdade eu ainda era um jovem inexperiente, pouco sabia de administração de instituições espíritas – respondi com insegurança). O espírito prosseguiu com diversas instruções e rematou:

- Todos os diretores da Escola do Quilo são médiuns. Preciso vigilância e apego ao Evangelho, aos princípios superiores de amor, renúncia, paciência, perdão... porque vocês serão perseguidos – se não o forem pelos homens serão pelos espíritos que não desejam o desenvolvimento do Espiritismo. Não temam, não desanimem, apenas pratiquem o Amor ensinado pelo Divino Mestre, não se esqueçam que os meninos das ruas somente atiram pedras em árvores que produzam bons frutos.
Quando vos encontrardes em meio à incompreensão, à ingratidão, mesmo à calúnia, lembrai-vos de que com a dor, Jesus está informando que estais no caminho certo.
Persisti, porque o progresso está ocorrendo e a felicidade espiritual não tardará.

Aquela mensagem foi muito útil em diversas ocasiões. O pensamento de que os discípulos do Cristo foram perseguidos e que sofreram perseguições gratuitas, serve de apoio para o prosseguimento da tarefa.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que leva as pessoas a fazerem campanha do quilo?

A piedade é o grande móvel dos legionários do quilo. Segundo a parábola do bom samaritano o que socorreu o homem caído foi aquele que foi tocado de compaixão.

No mundo em que vivemos, o sofrimento material, a necessidade a fome, as duras provas do abandono, são diversas vezes, visíveis para todos. Em muitas partes do nosso planeta, pessoas pobres, sofredoras, algumas vezes vencidas pelo alcool, pelas drogas, pelo desprezo dos familiares, estendem as mãos e mendigam o pão cotidiano.

Crianças que poderiam ser nossos filhos, nossos netos.... Velhinhos alquebrados sem assistência e sem carinho vagueiam nas ruas em busca de um pouso.... Enfrentam as intempéries, expostos a possíveis ações de pessoas inclementes, cruéis.

Muitos dos nossos conhecidos se queixam da sensação de incapacidade de fazer o bem. Por vezes se aproximam e oferecem uma moeda, ou, quando muito um pão, uma roupa, ou prato de sopa. Mas sabem que esses benefícios se consomem e a necessidade retorna em breve. Sabem que poucas pessoas se dispõem a abrigar os moradores de rua; a oferece-lhes teto e vida digna.

É exatamente em meio a reflexões como esta que surge o magnífico trabalho da campanha do quilo. Fundada em 1938 no Rio de Janeiro para recolher donativos de porta em porta para um lar de crianças carentes, a campanha realizada continuamente nos dias de folga, sábados, domingos e feriados, provê, quase 70 anos depois, bens de primeira necessidade a centenas de pessoas fragilizadas, de crianças, velhinhos e enfermos pobres.

Com saco branco às costas e mochila nas mãos caminha o legionário pedindo para quem tem para dar a quem não tem. Com o coração feliz, porque cheio de amor, prossegue o tarefeiro do bem. A piedade que sente pelo próximo converte-se em serviço, em ajuda concreta. As mais altas aspirações de sua alma sensível estão satisfeitas; a consciência está apaziguada.

Realizar a campanha do quilo é um dever de consciência. Realizar o dever é ter a consciência tranquila. Ter consciência tranquila, significa conquistar a Paz Interior.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade de Petrolina inicia a campanha do quilo



No dia 29.9.2013 tiveram início as atividades da campanha do quilo no Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade, na cidade de Petrolina, Pernambuco.
A implantação dessa atividade contou com o apoio de recursos oferecidos pela Internet e de telefonia. Esse é um bom exemplo de utilização da tecnologia a serviço do Bem. Ericka Marta residente em Petrolina obteve informações a respeito do processo de implantação e condução da campanha por meio de comunicações com Isoláquio residente em Recife, atual responsável pelas publicações do Blog da Campanha do Quilo e que está exercendo a função de conselheiro da Fraternidade do Quilo. Segue entrevista que Érica concedeu ao Blog da Campanha do Quilo.

Quando e como você conheceu o Espiritismo?

Tive a felicidade de conhecer essa Doutrina consoladora entre os anos de 1992 e 1993, recém-chegada para morar no bairro da Encruzilhada, em Recife-PE, fui a uma reunião pública no Centro Espírita Luz e Amor, quando uma querida amiga chamada Carine me fez o convite para participar da juventude deste mesmo Centro. Daí tive o grande prazer de fazer parte de uma juventude bem engajada, fui evangelizadora e ainda hoje me lembro com muito carinho e saudades desse tempo.

Você já possuía alguma experiência com a campanha do quilo?

Minha primeira experiência na Campanha foi ao lado de uma pessoa que tenho bastante admiração pelos trabalhos dedicados à Doutrina Espírita que é o Senhor Correia, no Centro Espírita Missionários da Luz, em Olinda, mais ou menos no ano de 2004. Apesar de já ter ouvido falar da Campanha, participar efetivamente foi muito importante para que eu pudesse contribuir minimamente com a Seara do nosso querido Mestre Jesus.

Quais as razões que a levaram a residir em Petrolina?

Vir morar nesta cidade, que eu já tenho um grande carinho, não estava nos meus planos e isso se deu no final de 2005, depois que meu esposo passou em um concurso público e sua lotação seria aqui em Petrolina.

Relate para nós como conheceu o Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade, o que você frequenta hoje?

No início do ano passado tive a oportunidade de assistir algumas reuniões públicas, mas não dei continuidade. Quando foi no mês de junho deste mesmo ano, recebi o convite de um colega de trabalho, que na época era presidente deste Centro, para participar das palestras comemorativas de aniversário do Centro e a partir de então me tornei uma frequentadora mais assídua, comecei novamente o curso do ESDE[1] e especialmente neste grupo tive a oportunidade de fazer laços de amizades e comecei a me interessar em participar mais dos trabalhos desenvolvidos no centro.

Você, há algum tempo, realizava trabalhos de promoção social no centro espírita em Petrolina. Explique como funciona essa atividade.

Durante o curso do ESDE tive vontade de contribuir na evangelização infantil, e posteriormente na evangelização dos idosos. Em companhia da responsável por esta atividade no centro, fiz algumas visitas domiciliares aos idosos que participam deste trabalho e que são cadastrados para receber a cesta básica, com isso pude constatar a realidade difícil que cada um deles tem enfrentado no seu dia-a-dia. Muitos deles criam os netos e são os únicos provedores do lar.
A evangelização dos idosos acontece todos os sábados pela manhã e é feita uma escala de trabalhadores para estudar com eles os temas do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Atualmente está começando um novo curso de Evangelização de gestantes, seguindo as orientações da FEB[2] e fiquei muito feliz com o convite de poder contribuir com mais esse trabalho nessa casa espírita que tanto tem me dado oportunidades de crescimento interior através do trabalho.

Como e quando surgiu a ideia de realizar a campanha do quilo?

Numa das reuniões de planejamento do Centro, conversamos a respeito de vários departamentos e quando falávamos sobre o serviço de assistência social, falou-se do desejo de aumentar o número de idosos que são assistidos. Outro aspecto que foi abordado é que entre as pessoas que chegam na casa espírita, muitas têm vontade de trabalhar, mas ainda não têm o conhecimento doutrinário necessário para desenvolver alguns trabalhos. Daí surgiu a possibilidade de implementar um trabalho como a campanha do quilo, que pudesse ser desenvolvido por qualquer pessoa, e que através desse trabalho nós pudéssemos trabalhar os valores morais e a reforma íntima que tanto a Doutrina Espírita nos convoca. Com a campanha também poderíamos aumentar os donativos para a confecção de cestas básicas e aumentar o número de idosos beneficiados.

Quais as dúvidas e receios iniciais que vocês experimentaram quando pensaram em fazer a campanha do quilo?

Nossa querida companheira de trabalho, que atualmente é responsável pelo departamento social e da infância e juventude compartilhou que uma das preocupações seria conseguir trabalhadores comprometidos para iniciar e dar continuidade ao trabalho, por isso foi sugerido que ao divulgar nas reuniões públicas essa campanha as pessoas interessadas dessem seus nomes e que a partir de 20 inscritos iríamos iniciar o planejamento da campanha. Outros questionamentos foram de como a comunidade reagiria a esse trabalho, como deveríamos abordar as famílias; em caso de um caravaneiro se deparar com alguma situação de emergência espiritual e a pessoa peça o auxilio naquele momento, como proceder e por quanto tempo se deve demorar na assistência, pode-se aplicar passes; como deveríamos distribuir as duplas, caso tenhamos muitas pessoas, pode ser feita várias ruas ao mesmo tempo, ou deve o grupo permanecer todo junto na mesma rua e só depois todo o grupo iniciar uma nova rua. Fomos procurar orientação no site da Federação Espírita de Pernambuco, e para nossa felicidade, lá estava sendo divulgado o blog da Fraternidade Espírita de Campanha do Quilo de PE a qual, na pessoa do Isoláquio tem nos dado muitas orientações e incentivado nosso trabalho. Também pesquisando na internet encontramos um material muito esclarecedor da Campanha da Fraternidade Auta de Souza que também tem nos ajudado muito.
Vocês solicitaram apoio e orientação da Fraternidade da Campanha do quilo para darem início as atividades. Essas orientações foram suficientes? Ainda permanecem muitas dúvidas?

Como descrevi acima, muitas dúvidas foram sanadas com as orientações da Fraternidade e foram suficientes para implementarmos o trabalho, mas tendo em vista que estamos bem no início, só tivemos uma campanha até agora, no decorrer na troca de experiência dos participantes outras dúvidas vão surgindo, que faz parte do processo normal de construção de um conhecimento, ou de um novo trabalho. Por isso ainda permanecemos em contato com o Isoláquio e desejando uma visita para estreitarmos ainda mais os laços de fraternidades entre nós do movimento espírita.

Vocês têm opiniões diferentes das orientações que foram fornecidas pela Fraternidade a respeito de como a campanha deve funcionar?

Não, até o presente momento. O que surge são apenas dúvidas.

Quantas pessoas realizaram a primeira campanha do Centro Espírita Deus, Cristo e Caridade de Petrolina?

Compareceram 22 pessoas para a primeira campanha realizada pelo nosso centro.

Quais, se é que houve, medos e dúvidas quando saíram às ruas?

Não diria medo, mas como todo novo trabalho, principalmente levar a Doutrina Espírita aos lares e contribuir na grande Seara do Mestre, ficamos um pouco apreensivos com a grande responsabilidade. No entanto estávamos confiantes na assistência espiritual dos mentores da casa e isso foi refletido na tranquilidade com que tudo transcorreu na nossa primeira caravana.

O que se passa nos corações e mentes quando se realiza a campanha?

O que ficou mais marcante para mim é poder ter a oportunidade de fazer um pouco, para retribuir minimamente a misericórdia de Deus em todas as expressões da vida e do amor que através da vinda do nosso querido Mestre Jesus ficou ainda mais evidenciada.

Você acha que vale a pena continuar realizando a campanha?

Tenho certeza de que a campanha deve continuar, pois nos dá uma oportunidade de praticar o amor através da caridade e com isso conseguirmos a tão desejada reforma interior, sem contar o trabalho de assistência espiritual aos lares, ao bairro e ao progresso moral de nossa sociedade pois temos um compromisso coletivo de nos amarmos e nos ajudarmos uns aos outros. Divulgar a Doutrina Consoladora de porta em porta, e também poder auxiliar muitas famílias com a contribuição material que é arrecadada.

Quais os benefícios espirituais esperados para quem realiza a campanha?

Praticar o amor (caridade), a humildade e o perdão. Acho que essas são as bases dos benefícios alcançados.

Você acha que a atividade da campanha pode trazer boas vibrações para as atividades do centro espírita?

Não tenho dúvidas que isso pode acontecer, pois um Centro Espírita não está num determinado local por acaso. Existem compromissos que desconhecemos e a campanha é uma grande oportunidade de evangelizar os lares daquela localidade, o que pode contribuir para a ampliação do número de trabalhadores encarnados e desencarnados e consequentemente ampliando os trabalhos desenvolvidos pela casa espírita.

Faça algumas considerações finais.

Acho que posso dar as considerações finais citando uma experiência muito feliz nesta nossa primeira campanha. Lendo as matérias do blog da Fraternidade uma delas me chamou particularmente a atenção que era a seguinte: Pode-se durante a campanha pedir aos pobres? Pois bem, aqui estou para dar-lhes um exemplo. Nunca me esquecerei daquele olhar. Ao abordar o lar de uma das idosas que são beneficiadas pela nossa assistência social através da entrega de uma cesta básica por mês, aquela senhora conseguiu me emocionar profundamente, ao perguntar se ela poderia contribuir com qualquer coisa. Diante disso, aquela senhora, desprovida de quase tudo, trouxe de sua humilde residência, dois quilos de alimentos, com um sorriso radiante em seu rosto demonstrando a felicidade em ajudar aos mais necessitados. Foi um dos dias mais felizes de minha vida, porque através daquela senhora, o Mestre Jesus estava ali, me ensinando a parábola do Óbolo da Viúva, resumindo toda a sua moral na humildade e na caridade.


Obrigado Ericka. Fazemos votos que a campanha do quilo que se inicia possa prosseguir por muitos anos produzindo paz, boas vibrações, conforto e estímulos benéficos para muitas pessoas.




[1]             - ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – programa de estudos do Espiritismo da Federação Espírita Brasileira.
[2]             - FEB – Federação Espírita Brasileira

sábado, 28 de setembro de 2013

Pode-se aplicar passes durante o desenrolar da Campanha do Quilo.?

Na campanha do quilo utiliza-se a  prece, que também transmite energias espirituais, biológicas e físicas semelhantes ao passe. Podemos comparar a assistência fluidoterápica da campanha do quilo a eficiente ação de primeiros socorros. Se houver necessidade e receptividade pelo paciente e ou pela família, é usual oferecer-se uma prece.


Normalmente um grupo de legionários reúne-se para uma prece breve em torno de enfermo ou pessoa desorientada. Os resultados da prece são sempre benéficos. Há, até mesmo, alguns relatos de curas durante a campanha do quilo.

Caso se observe que alguém, em uma residência, precise de passes, deve-se indicar um centro espírita.

Passe - fluidoterapia especializada. Emissão de energias espirituais, biológicas e físicas de um ser encarnado ou desencarnado dirigida a propósitos terapêuticos específicos em favor de um paciente.

Passe é poderoso recurso com efeitos desobsessivos e valioso coadjuvante em tratamentos de saúde.

Passe significar passar. Diferentemente da imposição das mãos, no passe se realizam movimentos que tem efeitos diversos sobre o paciente. Há passes estimulantes, calmantes, dispersivos, concentradores de fluidos, etc.

Nos centros espíritas, existe um aparato mais adequado para a assistência com o uso do passe. Os espíritos inspiram e algumas vezes indicam claramente as melhores ações do passe. Passes estimulantes, por exemplo, aplicados em situações em que há necessidade de passes calmantes pode agravar os problemas.

O passista é um indivíduo que estuda o tema e aplica passes sistematicamente. Esse trabalho, por sua característica, deve realizar-se em um ambiente em que existam recursos apropriados.

Nos centros espíritas que têm reuniões organizadas, em que se cultive conhecimento e prática do Espiritismo cristão, teremos as condições desejáveis para a realização desse tipo de assistência.


sábado, 21 de setembro de 2013

UM DOS BENEFÍCIOS QUE A CAMPANHA OFERECE

Há uma frase na entrada do Cenáculo Espírita Casa de Maria – instituição espírita que conta com a campanha do quilo para manutenção de uma creche, que diz:

Há quem precisa de ajuda e há quem precisa ajudar. Perguntei ao presidente da instituição qual o autor do pensamento, mas ele não soube dizer com precisão. Disse que foi um dos trabalhadores da casa.

A frase revela uma necessidade pouco percebida – nós precisamos ajudar os necessitados. Precisamos desenvolver os sentimentos de amor ao próximo de caridade de cuidado com o semelhante.

A campanha do quilo, por sua vez promete a quem realiza-la com fequencia:

BENEFÍCIOS QUE A CAMPANHA OFERECE:

a) alijar de nossas almas o orgulho, a vaidade e o egoísmo;

…....

Alijar quer dizer eliminar. Parece-me , à primeira vista, difícil que uma ação educacional obtenha tamanho êxito, mas como me considero aprendiz dos temas da campanha, não vou contestar de início. Acho porém que precisamos desenvolver um método ou uma ciência que nos mostre as realidades morais.

Poderíamos, em um esforço de tentativas e erros sugerir aos pesquisadores que examinem as pessoas que fazem campanha a mais ou menos tempo.

Vejamos um exemplo: Elias Sobreira.

Luzia Amaral Sobreira a viúva do nosso exemplo, relatou nos:

Um dia, ou melhor uma noite Sobreira contemplava a rua através de uma janela de sua casa. Observou um mendigo que se postava debaixo de uma marquise. O mendigo estava sem camisa. Sobreira voltou-se para a esposa e disse: eu tenho uma dúzia de camisas e aquele irmão não tem nenhuma; isto não é justo. Retirou uma camisa do seu armário, franqueou a rua e entregou a peça ao semi desnudo.

Para quem privou da amizade de Sobreira sabe que se ele tinha uma obsessão era praticar o bem – aliviar a dor. Disse-me certa vez – se eu puder evitar um mal a uma formiga não medirei esforços para tal.

Cabe apenas uma pergunta: o Sobreira nasceu assim mesmo ou desenvolveu esse grande coração por causa da campanha do quilo? Se a campanha retirou o egoísmo do Sobreira, penso que pode também livrar nosso coração desse peso.

Mas a proposta de pesquisar os reais efeitos da campanha do quilo nas pessoas, permanece de pé. Está reservado ao futuro a analise científica de tais efeitos.



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sempre Viva

Sempre Viva é uma instituição é uma casa de apoio aos portadores de AIDS. Há pessoas sem recursos que estão abrigadas la. Quem puder, ajude.

sábado, 7 de setembro de 2013

Independência do Brasil

Amigos hoje é comemorado o dia nacional do Brasil.  Sem diminuir nenhum outro povo, vamos homenagear o Brasil.

Lembremos a missão espiritual que, mesmo antes da revelação de Humberto de Campos (espírito) que ditou a Chico Xavier "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", Olavo Bilac, também pelo mesmo médium já havia ensinado:

Brasil


Desde o Nilo famoso, aberto ao sol da graça,
Da virtude ateniense à grandeza espartana,
O anjo triste da paz chora e se desengana,
Em vão plantando o amor que o ódio despedaça.

Tribos, tronos, nações... tudo se esfuma e passa.
Mas o torvo dragão da guerra soberana
Ruge, fere, destrói e se alteia e se ufana,
Disputando o poder e denegrindo a raça.

Eis, porém, que o Senhor, na América nascente,
Acende nova luz em novo continente
Para a restauração do homem exausto e velho.

E aparece o Brasil que, valoroso, avança,
Encerrando consigo, em láureas de esperança,
O Coração do Mundo e a Pátria do Evangelho.


(do livro Parnaso de Além Túmulo - Edição FEB)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Fraternidade de Campanha do Quilo no Facebook.

Caros irmãos, estamos agora também presentes no Facebook através da página "Fraternidade Espírita de Campanha do Quilo PE". Esperamos que esta página cumpra o seu objetivo de divulgar o trabalho da Campanha do Quilo, incentivando, esclarecendo e trazendo informações e curiosidades deste trabalho de caridade baseado no amor do Mestre Jesus que conhecemos a partir da iniciativa de nosso irmão Elias Sobreira.
Participe, curtindo nossa página e colaborando (postando na própria página) com suas próprias vivências e questões que julgam importantes ser divulgadas. Através das experiências dos irmãos Legionários, todos teremos a oportunidade de refletir e amadurecer em nós, a importância deste trabalho.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Objetivos da Campanha do Quilo

Segundo o coronel Arruda, responsável pela Campanha do Quilo do Lar Redenção (creche que ampara algo em torno de cem crianças), a campanha do quilo tem por objetivo, em ordem decrescente de importância:

a) Servir de apoio ao trabalho de aperfeiçoamento moral e espiritual. Essa ação ocorre por meio de oportunidades de combate ao egoísmo e ao orgulho. Na campanha do quilo, podemos exercitar o perdão, se observarmos os Dez Mandamentos da Campanha do Quilo e as Normas; afinal esses preceitos nos ensinam que devemos sempre manter a calma, o pensamento em Jesus e quando formos ofendidos, elevar no mesmo instante o pensamento a Deus em favor do ofensor. Segundo o Coronel, há um efeito colateral positivo nessa ação: com o combate ao orgulho e ao egoísmo, retira-se as bases de obsessões, ou seja a campanha colabora decisivamente para libertarmo-nos das influências dos espíritos quando essas influências forem negativas.

b) Divulgar a mensagem do Espiritismo Cristão por intermédio de distribuição de mensagens e dos bons exemplos;

c) Colaborar de maneira constante e sistemática com as casas de caridade, como creches, asilos e outras iniciativas de ajuda aos necessitados do pão material.

Podemos concluir que, de acordo com os conceitos desse trabalhador da Doutrina Espírita, os objetivos da Campanha do Quilo são predominantemente espirituais.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

JEAN MICHEL

O nome do nosso personagem, que é titulo dessa postagem é fictício. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Os fatos nos foram relatados como verdadeiros.

Entrevistei Jean Michel em sua residência, com o objetivo de ilustrar os conceitos que seriam apresentados nas comemorações de aniversário da Escola do Quilo de Pernambuco que ocorreram meses depois.

Nosso interlocutor disse que havia sido padre. Encontrava-se no convento quando, certa feita, o irmão superior o abordou transmitiu a orientação:

  • Jean, escreva um artigo contra o Espiritismo.
  • Como posso fazê-lo se não conheço o Espiritismo?

O orientador, passados alguns dias entregou-lhe a Codificação Kardequiana. Jean Michel dedicou horas a fio no estudo da coleção de livros. À medida que lia e refletia, observou que os conceitos contidos naquelas obras eram superiores às suas crenças. Perlustrou com interesse crescente as páginas espíritas, até que concluiu a leitura de todos os livros.

Em seguida leu a obra “Roma e o Evangelho” de José Amigò Y Pellicer, publicado pela FEB-Federação Espírita Brasileira.

Essa ultima obra causou-lhe também viva impressão. Seu pensamento começou a receber o impacto de grande e profunda renovação. Os conceitos consolidados ao preço de longos esforços intelectuais recebiam um golpe fatal. A razão contida na Doutrina Espírita apresentava-se como uma revelação imponente – o cristianismo ganhava novo e imenso alcance. A Fé não mais se chocava com a razão. Tudo era percebido de modo harmônico. A obra divina apresentava-se como um todo coerente. As leis dos mundos físico e espiritual, poderiam sere analisadas pela razão e confirmadas por fatos.

A palavra do Cristo, pensava ele, sob esse enfoque, submeterá os mais cépticos. A mensagem espírita restaurará o Evangelho e o mostrará com um aspecto moderno, grandioso e genuíno.

Passados mais alguns dias, o superior procura Jean Michel e interroga:

  • Bom dia Sr Michel! Onde estão os artigos com as objeções contra o Espiritismo?
  • Não os aprontei, respondeu Michel.
  • Porque?
  • Não posso combater uma Doutrina verdadeira e moralizadora qual o Espiritismo.
  • O que me diz??!!
  • Sim a majestosa argumentação de O Espírito da Verdade nas obras espíritas representam o Consolador prometido por Jesus em João. Aliás os cadernos que o senhor me entregou para escrever o artigo, devolvo-os em branco e aproveito a oportunidade para devolver-lhe também a batina. De agora em diante sou um cidadão comum, não mais um sacerdote.

Jean passou a frequentar grupos de estudos espíritas. Tornou-se economista, casou-se e constituiu família.

Um belo dia, Elias Sobreira ocupou a tribuna da instituição que frequentava. Este, de modo caloroso, com vigoroso magnetismo, falava sobre as excelências da Campanha do Quilo e da caridade.
Jean decidiu aderir à tarefa de pedir a quem tem para dar a quem não tem.

Durante as campanhas, passou a perceber as vibrações de Bezerra de Meneses, de seus auxiliares e a ouvir poesias durante toda a execução do trabalho.

Certo dia, realizava a campanha em favor das internas do Abrigo Espírita Batista de Carvalho. Caminhava pelas ruas estreitas e pobres de uma favela chamada Coque. Divisou um bar. Dirigiu-se para lá, adentrou; observou alguns homens que conversavam e consumiam alguma bebida alcoolica. Abordou um dos circunstantes com educação e laçou o pedido:

“Em nome do mestre Jesus, peço um donativo para as idosas internas no Abrigo Batista de Carvalho”. O interpelado mostrou expressão de desagrado; levantou-se – tratava-se de um homem atlético e alto. Com os punhos cerrados e voz alta, ameaçou:

  • Retire-se imediatamente da minha presença homem sem valor. Desocupado, enganador. Apresse-se para que eu não arrebente seus dentes.
    Algo assustado, mas atento as orientações da Campanha do Quilo, fez menção de retirar-se em atitude humilde, quando um outro dos presentes ergueu-se – desta feita um homem ainda mais musculoso e mais alto do que o anterior; proferiu palavras em tom de ordem:
  • Volte aqui! Jean Michel guardava a convicção que sofreria violenta agressão.
    Para surpresa de todos, o homem acrescentou:
  • Esse é o Dr. Jean Michel. Homem respeitado que está realizando uma nobre tarefa. Aliás ele está pedindo para as senhoras internas no A E Batista de Carvalho, entre as quais encontra-se sua mãe – ao proferir essas palavras apontava para o homem que havia ameaçado Jean Michel. Eu sou mecânico e o Dr. Michel é meu cliente. Conheço-o muito bem. É um homem honrado. Todos aqui vão colaborar com a campanha do quilo – inclusive você... - indicou novamente o homem que havia ameaçado Jean Michel.

Todos cooperaram. Sem nenhum sinal de satisfação pela humilhação experimentada pelo ameaçador, agradeceu a cooperação de todos em nome de Deus. Prosseguiu com o trabalho de amor ao próximo sem agastamento.

sábado, 1 de junho de 2013

Sugestão de mensagem a ser distribuída na campanha do quilo - II

Diário de Uma Criança que Não Nasceu

05 de outubro.
Hoje teve início a minha vida. Papai e mamãe não sabem. Eu sou menor que um alfinete, contudo, sou um ser individual.
Todas as minhas características físicas e psíquicas já estão determinadas. Terei os olhos de papai e os cabelos castanhos e ondulados da mamãe. E isso também é certo: eu sou uma menina.
19 de outubro.
Hoje começa a abertura de minha boca. Dentro de um ano poderei sorrir quando meus pais se inclinarem sobre meu berço.
A minha primeira palavra será “mamãe”. Seria verdadeiramente ridículo afirmar que eu sou somente uma parte de minha mãe. Isso não é verdade, pois sou um ser individual.
25 de outubro.
O meu coração começou a bater. Ele continuará sua função sem parar jamais, sem descanso, até o fim dessa minha existência. De fato, é isso uma grande dádiva de Deus.
02 de novembro.
Os meus braços e as minhas perninhas começaram a crescer até ficarem perfeitas para o trabalho; isto requererá algum tempo, mesmo depois de meu nascimento. Assim que for possível, enroscarei meus bracinhos no pescoço da mamãe e lhe direi o quanto eu a amo.
20 de novembro.
Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu, pelo seu coração, que me traz em seu seio. Acho que ela teve uma grande alegria.
28 de novembro.
Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu sou muito grande.
02 de dezembro.
Logo mais poderei ver, porém, meus olhos ainda estão costurados com um fio.
Luz, cor, flores... como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que deverei ver minha mãe... Oh! Se não tivesse que esperar tanto tempo! Faltam ainda mais de seis meses.
12 de dezembro.
Crescem-me os cabelos e as sobrancelhas. Já imagino como minha mãe ficará contente com a sua filhinha!
24 de dezembro.
O meu coraçãozinho está pronto. Deve haver crianças que nascem com o coração defeituoso. Neste caso, precisam sujeitar-se a delicada cirurgia para corrigir o defeito. Graças a Deus o meu coração não tem nenhuma anomalia, e serei uma menina cheia de vida e forças. Todos ficarão alegres com meu nascimento.
28 de dezembro.
Hoje minha mãe amanheceu diferente, está um pouco angustiada. Mas uma coisa é certa: nós vamos sair para um passeio.
Creio que ela quer se distrair um pouco, talvez comprar roupinhas para mim. É isso mesmo, estamos saindo para algum lugar.
Ih! Acho que estamos entrando em uma clínica. Deve ser para checar se a minha saúde vai bem. Que ótimo! Quando eu sair daqui, direi à minha mamãe o quanto lhe sou grata.
O médico está chegando...
Mas... esses instrumentos não são para um exame... Não mamãe! Não deixe ele se aproximar!
Ai, que horror! Esta é uma clínica de aborto! Socorro! Deixem-me nascer!
... Ninguém escuta meus gritos!
E meus sonhos de felicidade...
Minha vontade de ver a luz, as flores, as cores...
Tudo acabado...
Sim... Hoje... Hoje minha mãe me assassinou...
*
A história é dramática e triste, mas, infelizmente, se repete diariamente nas clínicas de aborto do nosso país ou em casas de pessoas que se alimentam com o dinheiro ganho com o sangue de vítimas indefesas.
Hoje já não se pode mais alegar que o feto não é um ser individual, distinto da mãe, pois a ciência afirma o contrário todos os dias.
Assim, tanto quem pratica o aborto quanto quem o consente, deverá responder perante as Leis Divinas sobre esse crime.
Pensemos nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita. Texto baseado em artigo de H. Schwab, Nur Ein Hinderland ist ein Vaterland, Ed, Herder, 1956, publicado na revista Seleções do Reader’s Digest.

Sugestão de mensagem para distribuição na campanha do quilo



Conseqüências do Aborto


Invoca-se o direito da mulher sobre o próprio corpo como um dos mais fortes argumentos para justificação do aborto, entendendo-se que o filho é propriedade da mãe, não tendo identidade própria, e é ela quem decide se ele deve viver ou morrer. Esquece-se de que Deus lhe confia o Espírito que irá reencarnar, concedendo-lhe a bênção da maternidade e desenvolvendo suas possibilidades de bem orientá-lo para a vida.
A mulher - argumenta-se - tem o direito de escolher se quer ou não ser mãe e tem toda liberdade de exercê-lo. Entretanto, após a concepção passa a existir o direito de viver de um outro ser, o do nascituro: que se sobrepõe à rejeição materna.
O Aborto na visão espírita. Suplemento de Reformador de julho/2005..

domingo, 31 de março de 2013

Reforma moral



O mais difícil, o mais desafiador e o mais necessário.



Alguns dos, se não os maiores, obstáculos desse trabalho fundamental são o orgulho e o egoísmo.



Para nós que entendemos a Filosofia Espírita, a receita para superar essa dificuldade está clara: Leitura e meditação da codificação kardequiana, atenção aos ensinos morais do Cristo, tarefas de ajuda ao próximo, com destaque para a campanha do quilo.

Exame diário da consciência - conforme Santo Agostinho ensina nas questões 918 e 919 de O Livro dos Espíritos.


Créditos da foto: http://www.facebook.com/juventudesustentavel.oficial
URL: http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/2780_364151783703344_1213349252_n.jpg




terça-feira, 12 de março de 2013

A Piedade


Elias Sobreira declara em seu livro “A Campanha do Quilo ou o Bom Combate” que a Campanha do Quilo desenvolve o sentimento da piedade. Lembra ele que em “O Evangelho Seg o Espiritismo” o espírito Michel ensina que a piedade é irmã da Caridade que nos conduz a Deus. Sem piedade não é possível, não é razoável intitular-se cristão. O verdadeiro seguidor do Cristo possui a compaixão pelo sofrimento do próximo.

Pode-se afirmar que aqueles que padecem da ausência ou da insuficiência da piedade poderão tratar-se por meio de frequentes ações em favor dos necessitados, em contatos constantes com eles. O movimento da campanha do quilo trouxe-nos não somente a ação da campanha, mas também a oportunidade de visitar lares empobrecidos, pessoas hospitalizadas, detentos e outros sofredores.

O contato com a necessidade e a capacidade de ação benéfica que a campanha do quilo promove, são estímulos ao fortalecimento da piedade, da compaixão e da solidariedade.

A Campanha do Quilo nos leva a prestar mais atenção aos sofrimentos. Inicialmente passamos a entender melhor os sofrimentos físicos, a fome, a nudez, o abandono, a falta de teto, a enfermidade, a prisão...
Aprendemos que indiferença é fruto do endurecimento dos sentimentos e do egoísmo. É necessário agir de modo contínuo para aliviar e mesmo, se possível debelar as causas das dores, algumas vezes excruciantes.

Os meios são indicados por Jesus – a prática do Bem pelo pensamento, pelas palavras, pelas ações. A campanha do quilo é, portanto um curso de evangelização prática.

Com o tempo e à medida que intensificamos nossas participações em eventos benemerentes, passamos a observar também as dores morais, o remorso, a ignorância, a obsessão, os desequilíbrios do sentimento. Constatamos que os agressores também são sofredores, por causa mesmo de suas agressões – desconhecem o prazer, as blandícias do coração proporcionadas pelas belas ações de amor ao próximo, de benemerência.

O trabalhador da campanha do quilo, com a piedade fortalecida dispõe-se a alçar o próprio coração às dimensões em que o perdão é a lógica e é habitual. Com o coração cheio de felicidade, portador da fraternidade em mais elevado grau, não se perturba com as ofensas; apieda-se até mesmo de seus agressores.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Frase de Elias Sobreira

André Honorato, um trabalhador espírita, nos relatou que, há alguns anos, estava "Quebrando a cabeça" na tentativa de resolver problemas elétricos na Casa dos Humildes - instituição fundada por Elias Sobreira para amparo de idosas. Sobreira, ao observar o desafio que estava sendo enfrentado por André, disse:

"A boa vontade suplanta a técnica".

Em princípio, poderíamos interpretar como existisse uma concorrência entre boa vontade e técnica. Mas há outra forma de entender:
A boa vontade antecede à técnica.

A boa vontade pressupõe espírito de .serviço, criatividade, enfrentamento do risco, exposição à crítica, maior possibilidade de fracasso. Quem, julgue possuir técnica insuficiente, por meio da boa vontade, com o uso de ensaio e erro, procure resolver algum problema, deve dispor de:

a) Capacidade de ouvir críticas sem se agastar;
b) Vontade de servir que supere as limitações do conhecimento;
c) Resiliência - ou seja, capacidade de se recompor diante de decepções e fracassos.

Frequentemente, quem age mais por boa vontade, ainda que possua pouca técnica, envolve o coração no que realiza.

Boa vontade com pouca técnica descobre caminhos que podem conduzir à resolução do problema.
Técnica com pouca boa vontade pode manter um talento paralisado e inútil.

Mas, quando a pessoa possuiu bastante boa vontade procura conhecer a técnica.

Originalmente, é a grande boa vontade dos cientistas, engenheiros, administradores, e outros que cria a técnica. Portanto, a técnica é filha da boa vontade. Quando a técnica surgiu, sistematizou o conhecimento adquirido pela boa vontade e ofereceu-se às gerações futuras para que essas partissem de patamares superiores de ação e serviço.

É por isso que preconizamos o uso da boa vontade e da técnica nos serviços da campanha do quilo, na sua administração, na sua orientação, em seus registros, na formação de seu patrimônio intelectual e histórico. A campanha será mais eficiente quando utilizar as maravilhosas ferramentas técnicas  disponíveis, por meio da informática, da comunicação via Internet e de outros meios que Deus nos enviar.

Podemos concluir que, de fato, a boa vontade, se fosse concorrer, superaria a técnica que é sua filha. Isso, contudo, não se dá, precisamente porque a boa vontade "ama maternalmente" a técnica.

Oportuno alertar os que se julguem possuidores de muita técnica que não seria justo que a filha (técnica) menosprezasse quem trabalha motivado predominantemente pela mãe (boa vontade).

sábado, 19 de janeiro de 2013

Zé Galdino III

Como eu havia dito anteriormente, o Galdino era uma figura permanentemente fraterna, simpática, amiga. Essa condição de benevolência constante, contudo, não se acumpliciava com comportamentos incompatíveis com a moral evangélica, com a crueldade, nem com atitudes nitidamente egoísticas.

Certa feita, um dos trabalhadores da equipa da Escola Regional que ele dirigia, por questões que não conhecemos, abandonou a esposa. Ao que deduzi da narrativa do Galdino, a senhora abandonada, além de muito entristecida também passou a enfrentar forte .escassez de recursos em decorrência da separação.
Informado da situação, o Galdino não titubeou; chamou seu amigo e cooperador e comunicou-lhe:

"Meu irmão fulano de tal, eu sou muito grato aos seus esforços no sentido de incentivar a Campanha do Quilo nos centros espíritas. Tenho grande respeito pelos seus trabalhos de beneficência, porém não podemos entender que um trabalhador de Jesus abandone seu lar, sua esposa que tanto o ajudou nas horas difíceis por questões de somenos importância. É indispensável que o amigo reassuma suas responsabilidades de marido e pai.

 O interpelado ficou em silêncio inicialmente e logo em seguida declarou que havia se aborrecido por tais e tais motivos e não poderia retornar à casa.
Galdino esclareceu que esse sentimento revelava fraqueza moral e espiritual e que o irmão só poderia pregar em nome de Jesus após reassumir seus compromissos familiares. Orientou o irmão a submeter-se a um tratamento de desobsessão e evitar usar a tribuna.

O cidadão atendeu rigorosamente às orientações recebidas. Após o tratamento desobsessivo, o irmão reconciliou-se com a esposa e retornou ao lar. Nessa condição, Galdino franqueou novamente as tribunas espíritas ao cidadão.

Faz uns cinco anos mais ou memos que Galdino partiu para o mundo espiritual. Confesso que essa partida me deixou um pouco triste. Mas, como nos esclarece a Doutrina Espírita, nada temos a lamentar da morte dos homens de bem.

Recentemente, ao digiri-me à sede do Abrigo Espírita Batista de Carvalho, fui informado que alguns dos antigos trabalhadores da Escola Regional do Quilo, permaneciam, no além trabalhando pela instituição. Galdino está na posição de orientador da equipe espiritual.

Zé Galdino II

Lembro-me do Galdino relatando o resgate de uma senhora idosa que havia caído em um buraco e permanecia ali por alguns dias.

Galdino, já responsável pelo Abrigo Espírita Batsita de Carvalho, informado da ocorrência, sem delongas, reuniu alguns trabalhadores de boa vontade, resgatou a velhinha e recebeu-a com aquele amor e carinho que o caracterizava.
A senhora passou a fazer parte das internas do Abrigo.

Em outra ocasião, encontrava-se o nosso amigo pedindo em nome de Jesus, em público, para as vovós (como ele carinhosamente chamava as internas do Abrigo), quando avistou um cavalheiro impecavelmente vestido, postura sobranceira, fumava um charuto, quando Galdino aproximou-se e disse:
"Em nome do Senhor Jesus, peço uma ajuda para as velhinhas do A E Batista de Carvalho."
O interpelado esbaforiu gases provenientes da queima do charuto, lançou um olhar quase que de desprezo e redarguiu:
"Você não tem vergonha de andar por aí pedindo esmolas?" A pergunta arrojada de chofre desconcertou o nosso amigo trabalhador do quilo. Entretanto, os amigos espirituais a postos e, por meio de ondas mentais, inspiraram o Galdino que repassou a sugestão espiritual da seguinte forma: "Não tenho vergonha de fazer a Campanha do Quilo, entretanto tenho vergonha de ver uma velhinha desamparada e não fazer nada por ela."

Ante a resposta segura, de origem moral superior, o cidadão reconsiderou a negativa preconceituosa, imediatamente retirou algumas moedas do bolso e depositou na mochila que os trabalhadores da Campanha trazem para arrecadação de dinheiro. Ao que o ilustre legionário respondeu, sem o mínimo agastamento: "Deus o abençoe".





domingo, 13 de janeiro de 2013

Zé Galdino

As arrecadações da campanha do quilo têm contribuído de forma importante com a manutenção de casas assistenciais.

O Lar de idosos Batista de Carvalho é uma das que recebe a campanha do quilo por décadas.

Segundo informações dos trabalhadores do abrigo, mais ou menos no início dos anos setenta, a instituição era presidida por Bezerra de Vasconcelos, que também foi presidente da União Espírita de Pernambuco.

À época, havia muitas dificuldades para sustentar os trabalhos. Bezerra de Vasconcelos e seu filho Allan Vasconcelos eram os únicos que saíam nos finais de semana de porta em porta pedindo uma ajuda para o abrigo. Diante da escassez de trabalhadores e consequentemente da severa insuficiência de recursos, pensava-se em encerrar as atividades sociais da casa.

Por essa época, Elias Alverne Sobreira proferiu diversas palestras sobre a campanha do quilo nos centros espíritas da região oeste de Recife, onde se localiza o A E Batista de Carvalho.

Foi em uma dessas palestras que a palavra vibrante do arauto da campanha do quilo conquistou o grande trabalhador José Galdino da Silva para a atividade de pedir a quem tem para dar a quem não tem.

Galdino aderiu ao movimento do quilo e em seguida conheceu a situação precária do abrigo. Passou a cooperar com a manutenção da casa. Aumentou gradativamente sua participação e, por fim, assumiu a presidência do Abrigo. Com sua notável capacidade de agregar cooperadores ao trabalho do Bem afastou o risco de fechamento do Lar de velhinhos.

Galdino transpirava fraternidade. Tratava a todos com respeito e carinho. Sorria com vibração sempre fraterna. Por meio de nossas modestas percepções psíquicas, registrávamos um como dínamo de energias simpáticas e amigas na alma do Galdino.

Organizou, na sede do abrigo, a Escola Regional do Quilo de Jardim São Paulo. A Escola Regional funcionava semanalmente aos sábados à noite. Nessa reunião escalava os trabalhadores para visitarem as instituições espíritas dos bairros circunvizinhos. As visitas ocorriam nas reuniões públicas no decorrer da semana subsequente. Nessas oportunidades, os integrantes da Escola Regional pediam a palavra, ainda que fosse por cinco minutos e convidavam os presentes para realização da campanha do quilo que ocorreria no domingo seguinte. O representante da Escola Regional, além de convidar os presentes para a campanha, participavam da atividade do quilo no domingo marcado.

Assim, as arrecadações em favor do Abrigo atingiram níveis satisfatórios e a instituição permanece, até hoje, quarenta anos depois, sustentada pela campanha do quilo.

Galdino, apesar de pouca escolaridade naquela oportunidade reencarnatória, é um espírito esclarecido, que fazia belas preleções sobre a Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus, sua mensagem cativante atraiu muitos espíritas para o trabalho da campanha do quilo em favor das casas de caridade.
Era um administrador organizado. Foi tesoureiro da Escola Central do Quilo; mantinha a escrita sempre atualizada e em todas as reuniões administrativas mensais, lá estava o Galdino prestando contas. Fazia a leitura do movimento financeiro resumida, mas essa leitura sempre revelava com clareza a situação da Escola do Quilo.