sábado, 22 de novembro de 2014

A campanha do quilo sob o enfoque da reencarnação II

A Campanha do Quilo, como de resto tarefas de amor ao próximo, de beneficência proporcionam um bem estar interno incomparável. O prazer do coração, leve, suave, benfazejo visita a alma.

Diferentemente dos prazeres materiais, os espirituais são mais duráveis. Favorecem equilíbrio interior, saúde, melhoria na qualidade dos relacionamentos. Os beneficência associada ao estudo do Espiritismo e do Evangelho, situam-nos em um patamar de prazer interno permanente.

Alguns companheiros, envolvidos nesse clima, podem iludir-se com relação ao valor pessoal, espiritual. Podem pensar que já atingiram significativa evolução e que merecem migrar para mundos mais adiantados. Correm o risco de acreditar nos elogios que alguns desavisados costumam prodigalizar de modo indevido ou exagerado.

Além das práticas mencionadas anteriormente (beneficência, prece, estudo), cumpre destacar a necessidade da prática da meditação e do auto-exame, como recomendado por Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos. Isto porque a auto crítica nos ajuda a mantermo-nos menos suscetíveis das inspirações nefastas do orgulho e da vaidade.

Reflexões em torno das próprias imperfeições e da lei da reencarnação nos ensinam que a maior parte dos trabalhadores da campanha do quilo e dos espíritas em geral, somos espíritos muito endividados com a Lei de Deus. Os trabalhos de divulgação do Evangelho explicados pelo Espírito da Verdade; a situação de trabalhadores do Consolador, nos foi permitida como misericórdia e não por mérito.

Mérito, que nos eleve, o mérito que precisamos ainda está longe de nós. Reportemo-nos ao relato de Allan Kardec de Szimel Slizgol em O Céu e o Inferno, no capítulo dedicado às Expiações Terrestres. Grande devedor espiritual, pediu uma vida de dedicação ao próximo em que praticou a campanha do quilo. Pedia publicamente na Lituania a quem tem para dar a quem não tem, durante décadas. Socorreu os necessitados, crianças e famílias pobres. Acabou aliviando a consciência e conquistando significativa alegria.


É assim o legionário do quilo: devedor, cujas dívidas serão resgatadas ao longo de algumas romagens terrestres, mas que possui alegria que brota do coração.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

União e força

Um dos dez mandamentos da campanha do quilo, preceitua:

"Não aceitar o "disse-que-disse", venha donde vier, para ter garantida a paz entre os irmãos"

Oportuno lembrar e relembrar esse ensinamento. Esse pensamento encontra-se formulado no Evangelho de Jesus em várias passagens, com outras palavras, por vezes aplicadas a situações específicas, como quando o Mestre lecionava: "Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem". Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, observamos no Capítulo 10:

" Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita,,,"

E a mensagem do grande Vicente de Paulo, espírito que desenvolveu nobilíssimas ações de caridade, em O Livro dos Médiuns, Capítulo XXXI - Dissertações Espíritas:

Mensagem X:

A união faz a força. Sede unidos, para serdes fortes.
O Espiritismo germinou, deitou raízes profundas. Vai estender por sobre a terra sua ramagem benfazeja. E preciso vos tomeis invulneráveis aos dardos envenenados da calúnia e da negra falange dos Espíritos ignorantes, egoístas e hipócritas. Para chegardes a isso, mister se faz que uma indulgência e uma tolerância recíprocas presidam às vossas relações; que os vossos defeitos passem despercebidos; que somente as vossas qualidades sejam notórias; que o facho da amizade santa vos funda, ilumine e aqueça os corações. Assim resistireis aos ataques impotentes do mal, como o rochedo inabalável à vaga furiosa.


São Vicente de Paulo.