Que a Paz de Jesus esteja conosco. Meus irmãos, observamos em todos os ambientes de direção do movimento espírita, a exposição de ideias e opiniões, quase todas, se não todas, muito bem intencionadas e que visam algumas vezes à expansão, outras à preservação da qualidade do ensino e do movimento espíritas.
Nesse contexto, ocorrem, algumas vezes, divergências nas posições dos responsáveis pela condução dos trabalhos. Alguns acreditam que ações mais expansivas de divulgação devem ser adotadas imediatamente, outros que o grupo ainda não está apto para certas realizações, acreditam que se deve preparar melhor os recursos.
Posição que precisa ser adotada, com urgência é a firmatura do compromisso de fraternidade e de entendimento entre os responsáveis pela ação consoladora e educativa.
Sugerimos que cada dirigente de instituição, do presidente ao mais humilde cooperador, lembrem-se de Jesus, quando lavou os pés dos discípulos e nos transmitiu a inolvidável lição da Humildade e lecionou: quem quiser ser o primeiro, sirva.
É bem verdade que temos o direito e algumas vezes, o dever de externar nossas opiniões; mas é urgente adotar como princípio que essa opinião, por bem intencionada que seja, ainda que mereça a qualificação de “boa idéia” não é a melhor ideia.
A melhor ideia é aquela construída coletivamente. Que não seja a mais expansiva no momento, a que atinge maior número de pessoas, mas que seja a melhor exequível. O Espiritismo é obra coletiva acima de tudo, lembremos Kardec quando adotou o método da concordância universal do ensino dos espíritos. Lembremos novamente o mestre lionês quando negou ao Espiritismo o título de Kardecismo; não se tratava de doutrina de Kardec, mas de uma coletividade.
Sempre que emitirmos pareceres sobre o destino do movimento espírita, conscientizemo-nos e repitamos em nosso íntimo: “essa me parece uma boa ideia, mas sei que não é a melhor ideia; necessito do concurso dos companheiros de boa vontade encarnados e do aval dos espíritos orientadores”. Esse aval, pode ser obtido por meio da intuição, após preces humildes e votos de submissão à vontade de Deus, e/ou por comunicações ostensivas.
Por outro lado é preciso que os ouvintes, os demais responsáveis pelas decisões, saibam que somos conscientes de que a ideia que externarmos é apenas um tijolo na construção de um movimento espírita melhor e que todos deverão dar suas contribuições.
Recordemos que essas contribuições serão em ideias, palavras, trabalho, aporte de recursos humanos e materiais e acima de tudo de exemplos de boa convivência, de amor e de fraternidade.
Tal o resultado que o espírita estudioso e participante de obras beneméritas quais a campanha do quilo deve esforçar-se por alcançar.
União, respeito, entendimento, amizade cristã.
Que Jesus estenda sua bênção sobre todos nós, trabalhadores humílimos da sua grandiosa seara.