domingo, 22 de janeiro de 2012

OPINIÕES, IDÉIAS PARA O MOVIMENTO ESPÍRITA

Que a Paz de Jesus esteja conosco. Meus irmãos, observamos em todos os ambientes de direção do movimento espírita, a exposição de ideias e opiniões, quase todas, se não todas, muito bem intencionadas e que visam algumas vezes à expansão, outras à preservação da qualidade do ensino e do movimento espíritas.

Nesse contexto, ocorrem, algumas vezes, divergências nas posições dos responsáveis pela condução dos trabalhos. Alguns acreditam que ações mais expansivas de divulgação devem ser adotadas imediatamente, outros que o grupo ainda não está apto para certas realizações, acreditam que se deve preparar melhor os recursos.

Posição que precisa ser adotada, com urgência é a firmatura do compromisso de fraternidade e de entendimento entre os responsáveis pela ação consoladora e educativa.

Sugerimos que cada dirigente de instituição, do presidente ao mais humilde cooperador, lembrem-se de Jesus, quando lavou os pés dos discípulos e nos transmitiu a inolvidável lição da Humildade e lecionou: quem quiser ser o primeiro, sirva.

É bem verdade que temos o direito e algumas vezes, o dever de externar nossas opiniões; mas é urgente adotar como princípio que essa opinião, por bem intencionada que seja, ainda que mereça a qualificação de “boa idéia” não é a melhor ideia.

A melhor ideia é aquela construída coletivamente. Que não seja a mais expansiva no momento, a que atinge maior número de pessoas, mas que seja a melhor exequível. O Espiritismo é obra coletiva acima de tudo, lembremos Kardec quando adotou o método da concordância universal do ensino dos espíritos. Lembremos novamente o mestre lionês quando negou ao Espiritismo o título de Kardecismo; não se tratava de doutrina de Kardec, mas de uma coletividade.

Sempre que emitirmos pareceres sobre o destino do movimento espírita, conscientizemo-nos e repitamos em nosso íntimo: “essa me parece uma boa ideia, mas sei que não é a melhor ideia; necessito do concurso dos companheiros de boa vontade encarnados e do aval dos espíritos orientadores”. Esse aval, pode ser obtido por meio da intuição, após preces humildes e votos de submissão à vontade de Deus, e/ou por comunicações ostensivas.

Por outro lado é preciso que os ouvintes, os demais responsáveis pelas decisões, saibam que somos conscientes de que a ideia que externarmos é apenas um tijolo na construção de um movimento espírita melhor e que todos deverão dar suas contribuições.

Recordemos que essas contribuições serão em ideias, palavras, trabalho, aporte de recursos humanos e materiais e acima de tudo de exemplos de boa convivência, de amor e de fraternidade.

Tal o resultado que o espírita estudioso e participante de obras beneméritas quais a campanha do quilo deve esforçar-se por alcançar.

União, respeito, entendimento, amizade cristã.

Que Jesus estenda sua bênção sobre todos nós, trabalhadores humílimos da sua grandiosa seara.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DICA DO QUILO V - Atitudes


A principal finalidade da campanha do quilo é divulgar o Evangelho com base na exemplificação. Quando dizemos Evangelho estamos nos referindo principalmente aos preceitos morais do Cristo; Humildade, Caridade, Amor ao Próximo, Perdão das ofensas, Tolerância, Paciência, Desprendimento dos bens terrenos....

E a maior parte da divulgação desses valores imortais e preciosos é a ação. Quando dizemos ação queremos abranger a atitude, as obras do bem, mas também a ação de falar no Bem de emitir pensamentos bons, cristãos. Referimo-nos também à emissão de ondas espirituais baseadas nos Bons Sentimentos

Tudo isso constitui a principal tarefa do legionário da campanha do quilo. Assim, ao abordarmos as pessoas quer estejam em casa, no trabalho ou passando nas ruas, a nossa atitude será invariavelmente benevolente, amiga, respeitosa. Palavras fraternas, sem exageros. Alíás, nas normas da campanha, pode-se observar orientações do tipo: “...ao abordar as pessoas fazê-lo com um leve sorriso.” Ou seja, necessário ser afável com um sorriso, mas essa atitude será discreta, leve.

Por isso, se alguém nos abordar com palavras desagradáveis, a nossa atitude será de benevolência, por palavras, gestos, pensamentos e sentimentos. Durante a campanha não é hora de discutir os erros dos outros e sim de exemplificar a Humildade e o Perdão. Isso vale também para os momentos em que formos agredidos com palavras ríspidas, humilhantes e agressivas. A atitude será “... retirar-se serenamente em oração, com o pensamento voltado para Jesus”.

Elias Sobreira recomenda que ao recebermos agressões verbais ou de qualquer outra espécie além de manter a calma, fazer como Jesus ensinou: pagar o mal com o bem. Se possível anotaremos o endereço da pessoa agressora e faremos preces por elas, pois certamente se trata de irmãos que merecem nossa piedade, são obsidiados. Os espíritos trabalhadores do bem dizem que não basta desculpar e esquecer as ofensas: é preciso uma atitude ativa – ao receber ofensas devolver o bem, com o espírito limpo de ressentimentos, com o único intuito de perdoar realmente, do fundo do coração.

Nada de querer converter as pessoas à nossa crença. Se tentarem nos convencer que a Doutrina Espírita está errada, agradecer os argumentos com palavras breves; alguns contraditores do Espiritismo podem, inclusive ser bem intencionados, mas evitar debates, afinal temos muitas casas a visitar, o trabalho da campanha não pode ser prejudicado por conversas improdutivas. Adiante nos esperam oportunidades de aprendizagem e de prática do Bem.

Antes de corrigir os outros, vamos fazer um exercício mental: indagar de nós próprios se não merecemos a crítica que dirigimos aos outros. E se for o caso de correção, se estivermos seguros que o conselho que transmitirmos se baseia na nossa exemplificação, corrijamos com indulgência, benevolência e discrição.
Durante a campanha, porém, a nossa correção será muito preponderantemente, expressa em atitudes e não em palavras.