sábado, 19 de janeiro de 2013

Zé Galdino II

Lembro-me do Galdino relatando o resgate de uma senhora idosa que havia caído em um buraco e permanecia ali por alguns dias.

Galdino, já responsável pelo Abrigo Espírita Batsita de Carvalho, informado da ocorrência, sem delongas, reuniu alguns trabalhadores de boa vontade, resgatou a velhinha e recebeu-a com aquele amor e carinho que o caracterizava.
A senhora passou a fazer parte das internas do Abrigo.

Em outra ocasião, encontrava-se o nosso amigo pedindo em nome de Jesus, em público, para as vovós (como ele carinhosamente chamava as internas do Abrigo), quando avistou um cavalheiro impecavelmente vestido, postura sobranceira, fumava um charuto, quando Galdino aproximou-se e disse:
"Em nome do Senhor Jesus, peço uma ajuda para as velhinhas do A E Batista de Carvalho."
O interpelado esbaforiu gases provenientes da queima do charuto, lançou um olhar quase que de desprezo e redarguiu:
"Você não tem vergonha de andar por aí pedindo esmolas?" A pergunta arrojada de chofre desconcertou o nosso amigo trabalhador do quilo. Entretanto, os amigos espirituais a postos e, por meio de ondas mentais, inspiraram o Galdino que repassou a sugestão espiritual da seguinte forma: "Não tenho vergonha de fazer a Campanha do Quilo, entretanto tenho vergonha de ver uma velhinha desamparada e não fazer nada por ela."

Ante a resposta segura, de origem moral superior, o cidadão reconsiderou a negativa preconceituosa, imediatamente retirou algumas moedas do bolso e depositou na mochila que os trabalhadores da Campanha trazem para arrecadação de dinheiro. Ao que o ilustre legionário respondeu, sem o mínimo agastamento: "Deus o abençoe".





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