domingo, 22 de junho de 2014

DEUS – A Justiça Perfeita é Plena de Misericórdia.

A ideia de um  Ser Superior a todas as coisas, detentor de maior poder do que a Humanidade, Criador e Justiceiro,  esteve presente em todos os lugares e em todos os tempos. Variações a respeito desse conceito são muitas, mas o sentimento de submissão que se deve ter por esse Ser ou esses seres, no caso do politeísmo, é muito persistente.

Da taba ao palácio, da selva ao templo, todos referem-se a esse ente supremo, e a visão, a forma de entender evolui com o avanço do espírito humano. De início deuses infernais, vingativos, cruéis, que exigiam vítimas para aplacar seus ciúmes e até seus ódios. Tratava-se de concepções próprias de seres ignorantes. O crescimento dos sentimentos, o refinamento gradual da civilização foi permitindo melhor compreensão dessas potências que vigiam as ações humanas e definem seus destinos.

Paulatinamente a concepção de instintos  sanguinolentos vinculados aos seres divinos, foi  cedendo lugar  à visão de um Deus que protege, ensina e liberta.

A evolução do pensamento é consequência da evolução dos espíritos que animam a Humanidade. A  percepção do Criador aperfeiçoa-se com a purificação das almas. Jesus, com muita propriedade revelou que os puros de coração verão a Deus.

O Espiritismo nos fornece a melhor e mais avançada descrição de Deus. “Inteligência Suprema, Causa primária de todas as coisas”. Nas palavras de Allan Kardec “Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.  Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e  imateriais.” - O Livro dos Espíritos – Introdução – item VI”

Essa mensagem de um Deus Justo sim, mas principalmente Bom e Amoroso é que a Campanha do Quilo divulga. O ensino é ministrado sem palavras; dirige-se o legionário aos lares e implora – Somos da Campanha do Quilo. Em nome de Jesus, ou em nome de Deus, pedimos uma doação para crianças e idosos necessitados!

Muitos podem discordar, argumentam que se ajudarem estarão criando acomodados. Outros dizem que não importa o quanto sofram as crianças abandonadas e filhos de pais que vivem em condições miseráveis. Se são assim é por causa de sua preguiça, por gastarem seus parcos recursos com drogas, álcool e cigarro. Concluem que não se deve ajudar a ninguém; que cada um faça por si apenas e todos os problemas estariam sanados. Deveriam agir como eles mesmos agiram; segundo afirmam, não têm problemas porque seguiram os caminhos do dever.

Mas esses que se jactam do êxito de suas vidas não deveriam esquecer-se que a bondade de Deus entrou radicalmente na formação de seus sucessos e que por uma decisão do Supremo Juiz ocorrem reviravoltas que lançam à pobreza famílias abastadas e com fortunas que pareciam solidamente fundamentadas.

Que seriam eles se nascessem entre os infelizes e viciosos? Entre os pobres, que se acotovelam em barracos à beira de canais de esgotos todos os dias? Que seriam eles sem escola e sem igreja? Sem o amor paterno ou materno, de um tio ou de uma tia. É bem verdade que nenhuma derrota, ou todas as derrotas juntas escusam o egoísmo, o vício ou a revolta, porque em última instância todos temos o amor divino que nunca falha.

Por isso mesmo é que devemos submeter-nos aos desígnios de Deus praticando o Bem.

O gesto de pedir a quem tem para dar a quem não tem traz em si muitos ensinos. Deus quer que distribuamos a misericórdia que Ele nos dispensa. Força física, saúde, inteligência, informações, conhecimentos, fé, recursos de todas as ordens são empréstimos que nos concede para multiplicarmos e utilizarmos para o progresso material e espiritual de todos.

Ajudar e educar os que precisam é missão de todos os filhos de Deus (que são todos os homens sem exceção). Mas essa missão será levada a bom termo apensas se efetuada com Amor e Misericórdia. Sem maiores rigores contra os defeitos alheios do que aqueles que aplicamos à auto corrigenda.

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