domingo, 17 de agosto de 2014

PRÁTICA OU TEORIA?


Há alguns raros espíritas que discordam da campanha do quilo. São, regra geral, companheiros que sentem-se entusiasmados pela parte teórica e doutrinária do Espiritismo, mas não conseguem enxergar a majestosa beleza da prática do Bem.

Sem dúvida o estudo do Espiritismo não é apenas necessário; é indispensável para o progresso, no que tange à aquisição de uma fé sólida: da fé raciocinada.

Somos favoráveis a estudos aprofundados realizados individualmente e a estudos em grupo realizados de forma fraterna, racional, aberta e respeitosa.

Mas, a nossa experiência indica que as tarefas beneméritas trazem um valor especial à prática espírita e mediúnica: uma vibração fraterna, assistência de espíritos amigos, que aprovam ações de ajuda aos sofredores.

Além disso, ações como passe, desobsessão e outras são tarefas assistenciais, em que agimos como intermediários e instrumentos dos espíritos amigos que praticam essas ações beneficentes.

Atuar na beneficência é, portanto, capacitarmo-nos para integrar grupos de espíritos socorristas no além, na espiritualidade.

Por outro lado, há espíritas dedicados a tarefas beneficentes que adotam uma postura crítica com relação aos outros espíritas que se limitam aos estudos da Doutrina. Nos surpreendem ao afirmarem que os estudos tem muito pouco valor e relação à ação beneficente.

Nós trabalhadores da campanha do quilo e de outras ações beneméritas precisamos nos conscientizar de que não nos compete avaliar o mérito de quem quer que seja. Necessário lembrarmos que estamos ensaiando os primeiros passos no caminho da evolução moral. Deus é o Supremo e Perfeito Juiz.

Estamos em demanda da Sabedoria, da Superioridade e posteriormente, da Perfeição. Para atingirmos um grau espiritual mais significativo é indispensável, além das tarefas de amor ao próximo, desenvolvermo-nos no conhecimento das Leis Divinas, pelo estudo e meditação e também no autoconhecimento, por meio das práticas indicadas por Santo Agostinho em O Livro dos Espíritos.

Tais condições não ocorrem em uma reencarnação apenas e sim ao longo de diversas romagens nos dois planos da existência, enfrentando diversas tarefas, beneficentes, intelectuais, de comando, de obediência, de fama, de obscuridade, etc.

Portanto é necessário compreender que nem todos estão na presente experiência reencarnatória para cumprir tarefas semelhantes às nossas, que precisamos em primeiro lugar olhar para nós próprios antes de avaliarmos os nossos semelhantes e que todos estamos caminhando para a Perfeição muito distante e não sabemos em que posição cada um se encontra.

Concluímos que teoria e prática são indispensáveis e que há momentos em que há vidas que teorizamos e outras que praticamos, mas o ideal mesmo é associarmos teoria e prática na mesma reencarnação.

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