terça-feira, 2 de outubro de 2012

Posições terrestres

Sair às ruas pedindo ajuda para quem não dispõe do necessário, além de ser um ato de amor ao próximo, coloca a pessoa em uma situação diferente da habitual. O trabalhador do bem expõem-se à opinião pública em nova posição, assumindo postura diferente de outros papéis que desempenha na sociedade.
Os que ocupam cargos de comando, se vêem na condição de pedir, de posicionar-se "abaixo" da população, de submeter-se ao arbítrio dos outros no que se refere a doar ou a negar a colaboração solicitada.

Pode-se identificar chefes  estendendo o apelo da beneficência a subordinados; empregados abordados por patrões. Essa situação imprevista em que, por vezes, se defrontam esses que ocupam cargos relevantes na vida civil, representa preciosa oportunidade de reflexão sobre suas posturas, palavras e ações diárias.

Naturalmente surge no íntimo, pergunta desse tipo: estou cumprindo com meus deveres perante meu subordinado? Estou remunerando os serviços prestados adequadamente? Estou em dia com minhas obrigações?

Nessas situações, os superiores são induzidos a reverem, a reavaliarem eventuais apegos à títulos e posições. Se esse trabalhador é espírita, se tem consciência da reencarnação, encara o ato de pedir como forte lembrança sobre a brevidade da vida atual. Recorda que em existências pretéritas poderia ter sido inferior, ter ocupado posição de um serviçal ou que pode vir a ocupá-la em reencarnação futura.

Desapego às posições constitui em regra, grande desafio aos que se filiam ao Cristianismo. A campanha do quilo apresenta-se como forte auxiliar do candidato à conquista do própria felicidade.

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