domingo, 31 de julho de 2016

Lições silenciosas da Campanha do Quilo



Hoje fizemos campanha do quilo em favor da creche do Núcleo Espírita Missionários da Luz. A instituição necessita de recursos para reparar os danos causados por um assalto que aconteceu há alguns meses.

Essa campanha foi no sinal de trânsito nas proximidades do supermercado Carrefour do bairro da Torre. Abordamos os automóveis e transeuntes solicitando colaborações e distribuindo mensagens psicografadas com teor moral e consolador.

Logo ao iniciar os pedidos, observei que do lado oposto da autovia um cidadão que dirigia um Honda Civic estacionou o automóvel à margem da rua. O sinal abriu, os demais automóveis partiram, mas o Civic permaneceu parado com o motorista olhando na minha direção e com janela aberta. Chamou-me e colaborou com algum recurso para a campanha.

Pensei: há vários tipos de relacionamento das pessoas com a campanha do quilo. Uns doam quase sem que haja necessidade de lançarmos o apelo para contribuição. Outros doam apenas quando são instados a fazê-lo, alguns vacilam, duvidosos se devem ou podem doar, outros negam com decisão; convictos.

Muitas vezes a maior parte da comunicação acontece de forma não verbal. Expressões de aprovação, de desculpas, de rejeição…... Antes de doarem, alguns apresentam expressões de simpatia, doam ou se desculpam por não haver naquele momento recursos para colaborarem e aceitam a mensagem. Outros permanecem impassíveis, não sabemos se nos ouvem e desta forma estão expressando que não concordam com a atividade que estamos realizando, se estão distraídos ou se trazem algum problema que dificulta nossa interação com eles.

Em cada atitude em cada reação ou falta de reação aos apelos que dirigimos, (e diga-se que acontecem em poucos segundos), nossos sentimentos também variam com a reação, mas, quando estamos vinculados pelo pensamento ao Mestre Jesus, esses sentimentos embora oscilem são sempre de equilíbrio e de paz.

Durante os trabalhos de hoje, parece que os amigos da espiritualidade ministravam aulas de evangelização para mim que sou um necessitado de lições de moral cristã. Inspiravam-me:

“É necessário, levar esse estado de espírito de paz ao cotidiano; prestar a atenção continuamente aos próprios pensamentos, gestos, atitudes, palavras e ações. Precisamos estudar os princípios da moral de Jesus: Amai o próximo com a si mesmo, fazei ao próximo tudo quanto desejas que se te faça. Não façais ao próximo nada que não gostaríeis que o próximo te fizesse.

Formulemos propósitos superiores, façamos preces pedindo a Deus que nos fortaleça nesses propósitos e intenções. Cultivemos a gentileza, o carinho fraternal para com todos sem distinção – homens, mulheres, crianças, jovens, velhos, pobres, ricos, brasileiros, estrangeiros, sem esquecer da necessária vigilância.

Comprometamo-nos com a benevolência, com a indulgência. Ao olharmos para as pessoas, lembremo-nos que todos são nossos irmãos e que em muitas situações as pessoas nos abordam repentinamente ou sutilmente enviadas por Jesus. Algumas vezes desejam apenas nossa atenção carinhosa ou instruções superiores no campo do Bem, outras precisam de palavras de encorajamento para prosseguirem com fé nas estradas da vida e outras estão inconscientemente buscando-nos como veículos da oportunidade de se tornarem servidores do bem comum, dos serviços de Jesus.

Ao final do dia quando o sol se esconde no horizonte e o céu se cobre de estrelas, elevemos novamente o pensamento ao Criador incriado, Eterno, amoroso pai de todas as criaturas; Pai de todos os seres, da ínfima bactéria ao arcanjo governador de mundos. Recaptulemos o conteúdo dos nossos propósitos, benevolência, indulgência, amor ao próximo. Indaguemos de nossa consciência se teríamos faltado ao dever de fraternidade, mas da fraternidade que brota do coração. Identifiquemos eventuais falhas, examinemos em nós as causas dessas falhas; disponhamo-nos a repará-las e a assumir melhores atitudes perante a vida e o semelhante. Repitamos constantemente o ciclo: estudar a moral de Jesus, formular propósitos cristãos, manter o pensamento e o próprio espírito vibrando no diapasão da fraternidade, do amor carinhoso ao próximo, vigiemos, examinemos nosso eu (ações, pensamentos, atitudes, gestos, palavras), retifiquemos, melhoremos nossas atitudes, repitamos o ciclo de melhoria espiritual.

Oremos, elevemos a toda hora o nosso padrão vibratório mental, mantenhamos a paz interior, enviemos pensamentos de carinho fraterno para todos.”

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