sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Dar o peixe e ensinar a pescar

A campanha do quilo nos traz lições surpreendentes: estava realizado uma campanha em favor da creche do Cenáculo Espírita Casa de Maria, quando encontrei uma senhora. Ela perguntou:
- Para onde você está fazendo esta campanha?

Respondi:
- Para a creche do Cenáculo Espírita Casa de Maria. 

Ela olho-me e disse:
- Sou feliz por ter participado do curso de corte e costura no Cenáculo. Graças a ter assistido o curso, hoje tenho uma fonte de sobrevivência. Agradeço muito ao senhor Nelson Assunção, por isso. Nelson Assunção era, na época, o presidente da instituição.

Diante dessa afirmativa, lembrei-me do meu tempo de juventude quando iniciei meus estudos espíritas. De fato, naquela época, havia cursos de corte e costura e de culinária no Cenáculo.

Lembro-me entretanto de ter ouvido críticas contra esses cursos por parte de um senhor.

Dizia esse senhor:

- Para que curso de corte costura ou de culinária no centro espírita?

 Naquele tempo não sabia o que pensar. Mas o encontro com aquela ex aluna me fez perceber que ensinar às pessoas a trabalhar e ganhar a vida com dignidade é uma bela, necessária e meritória ação.

Vale lembrar os comentários de Allan Kardec à lição de Jesus a respeito do óbulo da viúva:

Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbulo da viúva.” - O Evagangelho Segundo o Espiritismo – Edição FEB – Cap. XIII “Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”


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