No afã de aplicar na prática o ensino principal do
cristianismo, fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fosse feito se
estivéssemos na situação dos assistidos, vínhamos trabalhando exclusivamente
para instituições filantrópicas, orfanatos, lares de idosos e creches, na
escola central da Campanha do quilo, pelo menos até 1986, quando venceu meu
terceiro mandato de presidente.
Em 2010, quando voltei para a fraternidade (nova denominação
da escola central do quilo, observei que haviam introduzido as feirinhas para
famílias pobres como possíveis beneficiadas da Campanha do quilo.
Observa-se que o custo do manutenção de instituições
filantrópicas é bem maior do que o custo de distribuições de cestas básicas.
Poderíamos chegar a conclusão, e com certeza para algumas
situações tal conclusão é válida, que distribuição de cestas básicas é uma
atividade que não requer campanha do quilo; poderíamos obter recursos com
dinheiro do próprio bolso dos participantes do centro espírita, dependendo da
situação socioeconômica dos frequentadores.
Com relação à manutenção de instituições filantrópicas,
ninguém, em sã consciência pode dizer que os valores para manutenção são
baixos. Tais instituições, diferentemente dos projetos de distribuições de
cestas básicas que oferecem uma ou duas cestas por mês, são levadas a gastar
com três refeições diárias para os internos ou semi internos, medicamentos,
vestuário, escola, livros, etc, conforme o perfil dos beneficiados.
Daí entendermos que Campanha do quilo para instituições filantrópicas
que enfrentem dificuldades de manutenção deve ser prioridade.
Não que devamos abandonar as famílias pobres. Há situações
em que os participantes dos centros espíritas têm baixa renda e identificam a
necessidade de assistir famílias mais pobres do que eles mesmos. Nesta
situação, não há o que discutir, a campanha do quilo é adequada.
A respeito da assistência a esses dois públicos:
instituições filantrópicas e famílias temos a dizer que o objetivo seria
fortalecer e aperfeiçoar esses grupos e ainda, nessa linha de raciocínio, que
há outras modalidades de assistência que não devem ser esquecidas:
Para as famílias:
●
Assistência moral cristã, com a prática de o evangelho
no lar
●
Capacitação profissional para os integrantes das
famílias em idade laboral
●
Participação em eventos, palestras e seminários
educativos
Para as instituições filantrópicas:
●
Capacitação em administração para os diretores de
instituições filantrópicas
●
Evangelho no lar, eventos e palestras de educação moral
cristã
●
Participação em eventos de Intercâmbio institucional de
informações
Cursos de administração, de capacitação profissional e moral
cristã são, certamente, meios de melhorar as instituições filantrópicas e
famílias e melhorar o nível de assistência às pessoas, reduzindo o número de
crianças, jovens e idosos, habitantes de rua.
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