domingo, 13 de novembro de 2011

DICA DO QUILO

Realizar a campanha do quilo equivale a sair às ruas com um saco ás costas e uma mochila na mão pedindo alimentos e dinheiro para lares de idosos e creches.

Os trabalhadores da campanha do quilo reunimo-nos em centros espíritas, em geral, aos sábados e domingos das 8h00 às 8h30 para fazermos uma reunião preparatória, consistente de leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo, respectivo e breve comentário, das normas e mandamentos da campanha do quilo, e breves comentários. Nessa reunião, os dirigentes instruem os participantes sobre a melhor maneira de portarem-se às ruas, como abordar as pessoas, como falar, como agir diante de insultos, etc

A propósito, Elias Sobreira, nosso orientador, instrui,a respeito de como abordar os lares:

"a) o legionário ao bater palmas, deve fazê-lo moderadamente, para não assutar quem esteja lendo ou distraído;
b) ao ser recebido, falar em tom moderado, com clareza, sem afetação, olhando a pessoa a quem se dirige, deixando aparecer um leve sorriso, dizer: "bom dia, somos da Campanha do Quilo, em nome de Jesus, estamos pedindo um auxílio para o ..... (abrigo de velhinhas ou orfanato tal)";
c) atendido ou não SEM MUDAR O SEMBLANTE, desejar a paz do Senhor, lembrando que no próximo mês voltará; se estiver distribuindo mensagens, deve oferecê-las, mas sem insistir;
d) deve apresentar o cartão de identificarção, quando solicitado, agradecendo a exigência pois pode ser uma prova de zelo da parte do interlocutor; aproveitar esta oportunidade para mostar o verso do referido cartão, onde se acham relacionados os nomes e endereços dos abrigos e orfanatos mantidos pela Campanha do Quilo."

Mais adiante, no livro O Bom Combate, Sobreira, sob influência do mentor Bezerra de Meneses, escreveu:

OS DEZ MANDAMENTOS DA CAMPANHA DO QUILO.
......

4º -  Elevar, no mesmo instante o pensamento a Deus por quem o ofender;
5º - Não se magoar quando receber qualquer ofensa;

.....

Parecem muito semelhantes ás instruções de Mahatma Gandhi sobre não violência, ahimsa.

Após a preparação, saímos às ruas e pedimos a todos os que encontramos, abordamos todas as pessoas batemos em todas as casas, em todos os apartamentos acessíveis.

Se não formos atendidos ou mesmo se formos mal tratados, na próxima campanha, insistimos no pedido, pacificamente.

Se os prédios ou a casa de difícil acesso, guarnecidas por vigilantes ou se conseguirmos comunicação apenas com jardineiros e empregados, dirigimos o apelo no sentido de que eles consultem seus empregadores e também no sentido de eles colaborarem para a campanha com suas possibilidades.

Mesmo sabendo que os habitantes de prédios e residências de mais difícil acesso proíbem a presença dos legionários, no mês seguinte, voltamos a lançar o apelo de cooperação, discretamente, com humildade, em nome de Deus, apelando sempre para a colaboração dos trabalhadores desses residências.

Aliás relembre-se as sábias palavras do provérbio popular: "água mole em pedra dura tanto bate até que fura."

E, com adaptações, podemos parodiar Antonio Vieira:

"Onde houver vinte modos de negar haverá vinte um de pedir, sempre que o pleito for justo".

Com o tempo, vamos encontrar moradores e até mesmo síndicos de edifícios, que são nossos amigos, colegas de trabalho ou familiares; e se persistirmos, obteremos autorização para entar nos prédios e pedir à porta dos apartamentos e de casas de pessoas ricas.

Assim, estaremos cumprindo o preceito do Cristo: Ide e pregai o evangelho a todas as criaturas.
No nosso caso, a pregação é fundamentalmente, por meio da ação de amor ao próximo.

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